Momento da execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach – Reprodução
Câmeras de segurança flagraram o momento exato da execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, colaborador do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Com informações do g1.
O crime ocorreu às 16h03, no Terminal 2, e a Polícia Civil investiga o caso como possível queima de arquivo devido às informações que Gritzbach vinha fornecendo sobre esquemas de lavagem de dinheiro da facção criminosa.
Nas imagens captadas, é possível ver dois homens encapuzados saindo de um carro preto, modelo Gol, que estava estacionado próximo a um ônibus da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Eles abrem fogo contra o empresário, que usava uma camiseta branca e carregava uma mala preta. A ação, que dura cerca de 15 segundos, interrompe a calma da área de desembarque, espalhando pânico entre os passageiros.
O vídeo mostra Gritzbach atravessando a faixa de pedestres e sendo surpreendido pelos atiradores, que desembarcam do veículo e disparam diversas vezes. Ele tenta escapar, mas cai ao tropeçar em uma mureta, sendo alvejado novamente até ser deixado no chão. Após o crime, os suspeitos entram no carro e fogem rapidamente do local.
Outro ângulo de câmeras de segurança capturou o desespero das pessoas presentes. Uma passageira com uma mala e mochila rosa aparece tentando fugir, mas é atingida e cai próxima à entrada do terminal. Ela recebe ajuda de um homem logo em seguida. Outras pessoas, incluindo dois motoristas de aplicativo e uma mulher que estava na calçada, também foram atingidas e levadas ao hospital em estado grave.
Após o ataque, o carro utilizado na execução foi encontrado abandonado em uma comunidade próxima ao aeroporto, contendo munições de fuzil e um colete balístico em seu interior. Houve ainda outro tiroteio nas proximidades do Hotel Pullman, nas redondezas do aeroporto.
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach era alvo de investigações do MPSP por lavagem de dinheiro, com supostos lucros ilegais de mais de R$ 30 milhões, operados principalmente por meio de compra e venda de imóveis e postos de gasolina.
Nos últimos seis meses, ele vinha prestando depoimentos ao Ministério Público, tendo firmado um acordo de colaboração premiada em março deste ano. Gritzbach já havia entregue informações sobre operações do PCC, incluindo atividades de extorsão envolvendo policiais civis de São Paulo.
O empresário, que mantinha negócios no setor de criptomoedas, tinha forte influência dentro do PCC e chegou a participar de tribunais internos para decidir o destino de membros considerados desleais.
Em uma das disputas internas, Gritzbach teria ordenado a execução de outros membros do PCC, o que resultou nas mortes de Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como “Cara Preta”, e seu motorista, Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”, em dezembro de 2021.
Devido ao local do crime, a investigação está sob responsabilidade da Polícia Civil, com a atuação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (DEATUR). Os suspeitos ainda não foram localizados.
Fonte: DCM com informações do G1
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