domingo, 17 de novembro de 2024

Testemunha sinaliza que terrorista pode não ter agido sozinho no ataque ao STF


Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira, 13 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) investiga o depoimento de Ailton Bezerra, um morador de rua que relatou ter testemunhado um diálogo do homem-bomba bolsonarista Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiü França, com outro indivíduo na madrugada do ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira (13).

Segundo Bezerra, a conversa ocorreu no estacionamento IV da Câmara dos Deputados, onde Francisco mantinha um trailer alugado e deixava seu carro. Com informações do Globo.

Bezerra contou à PF que Francisco chegou ao estacionamento por volta de 0h30 no dia 13. Minutos depois, ouviu outra pessoa dizer: “A porta está aberta”, e Francisco respondeu: “Vamos subir para cá”. Ele não conseguiu identificar o segundo homem, mas afirmou que Francisco era frequentador regular do local e o conhecia pelo apelido de “gaúcho”.

O terrorista passou a noite no trailer estacionado na área e, na manhã seguinte, foi registrado por câmeras acessando o prédio do Anexo IX da Câmara às 8h15. Segundo informações, ele utilizou o banheiro e saiu logo depois. Bezerra também afirmou que viu Francisco próximo ao carro por volta das 8h30, mas não avistou mais ninguém com ele durante o dia.

No início da noite, Tiü França foi visto pegando uma mochila no veículo e seguindo para a Praça dos Três Poderes, onde afirmou que iria a um evento. No mesmo dia, Bezerra observou Francisco vestindo roupas verdes com corações e o alertou por áudio sobre o incêndio no carro, mas não obteve resposta.

A PF investiga se o bolsonarista atuou sozinho ou contou com apoio logístico e financeiro. Além do relato de Bezerra, testemunhas como o comerciante que vendeu fogos de artifício ao homem-bomba também estão sendo ouvidas. Segundo o vendedor, o extremista gastou R$ 1,5 mil nos artefatos, comprados uma semana antes do ataque.

Fonte: DCM  com informações do jornal O Globo

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