Os ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução
O ex-presidente Michel Temer (MDB) comparou o ataque de 8 de janeiro de 2023 com as manifestações contra a reforma da Previdência e minimizou o plano golpista para impedir a posse de Lula em 2022. A declaração foi dada durante evento nesta segunda (25) organizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em São Paulo.
“Invadiram prédios agora em 8 de janeiro. Mas vocês se lembram que no meu governo, quando nós cuidávamos da reforma da Previdência, as centrais sindicais mandaram 1.600 ônibus lá, que incendiaram ministérios, tentaram invadir o Congresso, viraram carros, queimaram carros”, afirmou Temer.
Ele afirmou que um ministro sugeriu chamar as Forças Armadas para conter os protestos na ocasião, mas que decidiu “seguir em frente” para buscar uma solução pacífica.
Bolsonaristas no ataque de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Foto: Antonio Cascio/Reuters
Em entrevista após o discurso, Temer foi questionado sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, além do plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Para ele, a trama não traz riscos para a democracia e foi organizada por apenas “alguns militares”.
“Embora haja tentativas, o fato que não vão adiante. Não vão adiante porque não há clima no país. E, convenhamos, golpe para valer, você só tem quando as Forças Armadas estão dispostas a fazer”, respondeu.
Ao falar sobre a participação de militares, ele tentou isentar as Forças Armadas. “Não foi a instituição como um todo. Seja Exército, Marinha, Aeronáutica, não participaram disso como instituição. Participaram figuras”, completou.
Fonte: DCM
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