O ex-presidente Jair Bolsonaro e Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens. Foto: Alan Santos/PR
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) suspeitam que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, estaria se comunicando com outros investigados clandestinamente. Os magistrados acreditam que ele tem usado um homem de confiança de sua equipe jurídica como uma espécie de “pombo-correio”.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, Cid estaria repassando informações sobre o andamento dos processos baseados em sua delação premiada aos outros investigados. Na condição de colaborador, ele foi proibido de manter contato, mesmo indireto, com os aliados.
Os ministros acreditam que detalhou como citou cada um dos investigados e como o STF vinha abordando os crimes para auxiliar as defesas dos aliados a elaborarem seus esclarecimentos. A suspeita foi um fatos que colocou em risco os benefícios de sua delação.
Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro. Foto: Reprodução
O tenente-coronel prestou depoimento a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo, nesta quinta (21) por cerca de três horas. Ele foi acusado de omitir informações a autoridades, o que é proibido no acordo de delação fechado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) no ano passado.
Cid confirmou ao ministro que Bolsonaro sabia do plano golpista e do planejamento para assassinar o presidente Lula e Geraldo Alckmin, seu vice, segundo seu advogado, Cezar Bittencourt. O defensor ainda relatou que seu cliente implicou o ex-presidente como responsável por “comandar” a organização criminosa.
O ex-ajudante de ordens ainda citou o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, como um dos articuladores da trama golpista. Na oitiva, Cid relatou que ele participou de uma reunião com outros militares indiciados pela Polícia Federal em 12 de novembro de 2022.
Fonte: DCM
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