A postura cautelosa tem como objetivo fazer com que as condenações sejam bem embasadas e se tornem irrefutáveis
General Braga Netto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
A Polícia Federal não pediu a prisão do general Walter Braga Netto na operação deflagrada nesta terça-feira (19) por acreditar que ainda faltam evidências de participação efetiva do militar no plano golpista que pretendia matar o presidente Lula, informa a jornalista Vera Magalhães, do jornal O Globo. Braga Netto é considerado um dos principais elos entre a cúpula bolsonarista e os militares que articulavam o plano homicida.
Segundo fontes próximas às investigações, uma avaliação de fundamentos técnicos e jurídicos da equipe subordinada ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, fez com que o pedido de prisão do general não fosse feito neste momento. Esses interlocutores afirmaram que não é a primeira vez em que a corporação se vê diante de uma decisão de avançar ou aguardar para tomar medidas a respeito de investigados.
A avaliação é de que a PF não pode “errar a mão” em casos como esse, sempre demandando provas para que as condenações dos investigados se tornem irrefutáveis por parte da defesa e da classe política. Erros no momento atual, quando as investigações caminham para suas conclusões, podem prejudicar seus desfechos. No entanto, a prisão de Braga Netto e outros possíveis envolvidos no caso não estão descartadas em um futuro próximo caso apareçam novas provas.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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