Grupo usava codinomes para ocultar identidade e coordenar ações clandestinas
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Mensagens obtidas pela Polícia Federal revelam detalhes do plano de golpe articulado por militares das Forças Especiais e um policial federal, incluindo ameaças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao vice-presidente Geraldo Alckmin e ao ministro Alexandre de Moraes. A comunicação entre os envolvidos ocorreu em um grupo de WhatsApp intitulado "Copa 2022", onde eram utilizados codinomes para ocultar identidades e coordenar ações.
As conversas destacam o alto nível de organização do grupo, que monitorava alvos e planejava custos operacionais. No dia 15 de dezembro de 2022, mensagens entre o tenente-coronel Mauro Cid e o coronel Marcelo Câmara detalharam o itinerário de Alexandre de Moraes, identificado como "professora". Em uma das trocas, Câmara afirmou: “Viajou para São Paulo hoje (16/12), retorna na manhã de segunda-feira (19/12) e viaja novamente pra SP no mesmo dia. Por enquanto só retorna a Brasília pra posse do ladrão.” Outro integrante do grupo, identificado pelo codinome "Brasil", relatou posicionamentos estratégicos: “Estacionamento em frente ao Gibão Carne de Sol. Estacionamento da troca da primeira vez.”
A troca de mensagens também revelou que o plano dependia de um orçamento detalhado, incluindo “hotel”, “alimentação” e “material”, com custos estimados em R$ 100 mil. No entanto, o grupo abortou a operação em 15 de dezembro, quando houve uma mudança no calendário de votação no STF, destaca o Uol. “Vai cancelar o jogo?”, questionou um dos membros, referindo-se à desmobilização. Segundo a PF, o uso de codinomes como "Alemanha", "Argentina" e "Japão" reforça a tentativa de manter o anonimato dos envolvidos, mas as mensagens analisadas indicam claramente a intenção de desestabilizar o governo e atacar a democracia.
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL
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