O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro Marcos Pontes, atualmente senador pelo PP de São Paulo. Foto: Carolina Antunes/PR
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministro de seu governo, o senador Marcos Pontes (PP-SP) chamou as explosões na Praça dos Três Poderes de “terrorismo” e revoltou bolsonaristas. A declaração contraria a narrativa adotada pelo ex-mandatário e políticos próximos, de que o autor do atentado estava fora de suas faculdades mentais e praticou ato isolado.
“O Brasil não pode se tornar um Irã! Esse negócio de terrorismo tem que parar!”, escreveu o parlamentar astronauta. A declaração foi dada em seus stories do Instagram e gerou críticas em grupos de WhatsApp de bolsonaristas.
Um interlocutor do ex-presidente que faz parte de grupo no aplicativo de mensagens afirmou: “O cérebro do astronauta ficou no espaço e não retornou com ele”. Outros afirmam que o senador “enlouqueceu de vez” e questionam: “Terrorismo no Brasil?”.
Marcos Pontes chamou explosões em Brasília de “terrorismo”
em post nas redes. Foto: Reprodução
Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação, afirmou que vai “ligar para o Elon Musk para tentar localizar o cérebro dele, que deve estar perto de Marte e até de Plutão, ou então perdido em algum buraco negro do Universo”.
Bolsonaristas temem que o ataque desta quarta dificulte a aprovação de um projeto no Congresso Nacional que anistia os condenados no 8 de janeiro. Em nota chantagista publicada nesta quinta (14), Bolsonaro atribuiu o atentado a “perturbações na saúde mental” do autor.
Apesar da tentativa de bolsonaristas de emplacar a narrativa, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já afirmou que “não existe a possibilidade de pacificação com anistia a criminosos”.
Fonte: DCM
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