terça-feira, 12 de novembro de 2024

Lewandowski descarta federalizar investigação de atentado contra delator do PCC

"A competência é da Polícia Civil paulista", disse o ministro
Ministro Ricardo Lewandowski (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse nesta terça-feira (12), em Brasília (DF), que não pensa em federalizar a investigação da morte do empresário e delator do PCC, Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, na última sexta (8), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo. "Não existe nenhuma ideia de federalizar este caso. Um réu colaborador fez uma colaboração ao Ministério Público do estado de São Paulo. A competência é da Polícia Civil paulista de investigar este caso", afirmou.

Aeroporto de maior movimentação no Brasil, Guarulhos recebeu 20,3 milhões de passageiros no primeiro semestre de 2024, seguido por Congonhas-SP (10,8 milhões) e Brasília-DF (6,9 milhões de passageiros). De acordo com o Ministério de Porto e Aeroportos, 56,2 milhões de passageiros movimentaram-se pelos aeroportos brasileiros entre janeiro e junho, alta de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023.

Assassinado em Guarulhos, o empresário denunciou esquemas de corrupção envolvendo policiais de quatro delegacias. Investigadores apuram se o esquema previa o pagamento de R$ 15 milhões feito pelo empresário,em troca do perdão judicial por organização criminosa, redução de pena por lavagem de dinheiro e, em caso de condenação, progressão para regime aberto.

“Há notícias de que eventualmente policiais militares estão envolvidos nesta questão. É uma questão claramente de competência do estado de São Paulo. Também houve uma interferência no funcionamento do Aeroporto Internacional de São Paulo. E, portanto, isso desperta a competência da Polícia Federal, que constitucionalmente é de competência da Polícia Federal atuar, também, na área aeroportuária", detalhou o ministro.

“A Polícia Federal, num primeiro momento, colocou-se à disposição das autoridades locais, colocando não só possíveis informações, dados, mas também equipamentos à disposição da polícia paulista. Mas também abriu um inquérito paralelo no que diz respeito à sua competência, que é justamente a investigação de problemas ou questões que interfiram no funcionamento do aeroporto de São Paulo", acrescentou.

Fonte: Brasil 247

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