quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Indiciado por tentativa de golpe, Bolsonaro ataca Moraes: “É na PGR que começa a luta”

Jair Bolsonaro: indiciado e a caminho da prisão

Nesta quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro comentou sobre seu indiciamento pela Polícia Federal em três crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A declaração foi feita durante uma entrevista concedida ao portal “Metrópoles” e posteriormente compartilhada em seu perfil na rede social X.

Na entrevista, Bolsonaro atacou o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, que é o relator do caso, afirmando: “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”.

O ex-presidente também mencionou que aguardará orientações de seu advogado antes de fazer mais comentários sobre o caso, uma vez que o conteúdo do indiciamento ainda está sob sigilo. “Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse Bolsonaro.

O relatório da Polícia Federal, que também indiciou golpistas como o general Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; Alexandre Ramagem, ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência; e outras 33 pessoas, foi entregue ao STF na mesma data.

O material agora está sob análise do ministro Alexandre de Moraes, que decidirá sobre o envio à Procuradoria-Geral da República. A PGR irá determinar se apresenta ou não denúncias contra os envolvidos. Se o STF aceitar as denúncias, os indiciados se tornarão réus.

Este indiciamento faz parte de um inquérito que investiga os eventos relacionados à tentativa de golpe de estado para manter Bolsonaro no poder após sua derrota eleitoral para Lula (PT) em 2022 e os eventos subsequentes até após a posse de Lula.

Fonte: DCM

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