Ministro da Fazenda citou o caso da desoneração da folha de pagamentos
Fernando Haddad em Nova York (Foto: Diogo Zacarias / MF)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou nesta quarta-feira (13) a postura da imprensa, que defendeu amplamente a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos — uma medida que comprometeu a contabilidade do governo federal, forçando cortes de gastos como alternativa para corrigir a trajetória da dívida pública.
Segundo Haddad, a imprensa deve reavaliar seu papel e deixar de defender interesses particulares. "A desoneração da folha foi muito questionada, mas a Receita tinha razão. Todos diziam que a peça orçamentária não estava equilibrada, mas estava equilibrada. A imprensa, beneficiada pela desoneração, precisa ter consciência da importância de voltar a pagar tributos. Não estaríamos passando por isso. É importante que a imprensa reavalie seu comportamento quando a Fazenda anunciou os números da desoneração da folha e do Perse. Fomos criticados por supostamente exagerar, mas hoje provamos que estávamos certos, e vocês estavam errados. Vocês precisam parar de defender interesses particulares e defender os interesses de toda a sociedade", disse Haddad a jornalistas.
Em setembro presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, o projeto de lei que trata da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de municípios com até 156 mil habitantes. A lei determina que a desoneração valerá por este ano, mas será reduzida gradualmente a partir de 2025, aumentando 5% a cada ano, até chegar a 20% em 2028. No caso dos municípios, a alíquota previdenciária sai dos 8% este ano e aumenta gradualmente até chegar à alíquota de 20% a partir de 2027.
Fonte: Brasil 247
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