domingo, 17 de novembro de 2024

Gleisi detona imprensa que vive de isenção fiscal e cobra cortes do governo na área social


A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) em debate na conferência eleitoral do PT, realizada em Brasília

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, utilizou as redes sociais para apoiar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em sua defesa da Medida Provisória 1202/23, que limita a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Em publicação, Gleisi afirmou que, de janeiro a agosto deste ano, esses setores deixaram de pagar R$ 97 bilhões em impostos. “Haddad deu a real sobre as escandalosas desonerações, inclusive por parte das empresas de mídia”, escreveu ela, criticando a postura da imprensa em relação ao tema.

A medida provisória, publicada no Diário Oficial da União em 29 de outubro, estabelece mudanças nas regras da desoneração da folha, com redução gradual dos benefícios até 2027. Segundo o governo, o objetivo é reduzir as perdas de receita e ajudar a alcançar a meta de déficit zero nas contas públicas. Haddad tem reforçado que a desoneração, inicialmente prevista para acabar em 2023, foi prorrogada pelo Congresso, mesmo após veto do presidente Lula, o que geraria um impacto significativo nas finanças públicas.

Gleisi destacou a contradição da cobertura da mídia sobre o tema, afirmando que os mesmos veículos que se opuseram à medida defendem cortes em áreas essenciais. “São os mesmos jornais e TVs que exigem cortes no reajuste do salário mínimo, da saúde, da educação e da Previdência, mas se calam diante do privilégio desses setores”, criticou a deputada. Para ela, a imprensa tem priorizado interesses próprios em detrimento do debate sobre o impacto das desonerações.

A MP 1202/23, proposta por Haddad, estabelece uma alíquota reduzida de imposto para até um salário mínimo por trabalhador, medida que começaria a valer em abril de 2024. Também definiria um limite para a compensação de créditos tributários e previa ajustes no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que teria suas isenções revistas. “Essa mudança é necessária para colocar em ordem o orçamento e garantir justiça fiscal”, explicou Haddad, na época.
Para Gleisi, esse tipo de privilégio é “danoso ao país” e deveria ser tratado com maior seriedade pela imprensa. A presidente do PT concluiu sua fala cobrando um comportamento mais crítico da mídia em relação às empresas que se beneficiam dessas isenções fiscais. “Haddad provou com números quem tem razão. Está na hora de a imprensa cumprir seu papel e investigar quem realmente deve ao governo e aos brasileiros”, declarou.

Fonte: DCM

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