quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Gleisi critica 'violência e fake news' de militares bolsonaristas: 'quando política se confunde com armas, temos uma ditadura'

Segundo a presidente do PT, 'quem está armado deve cuidar da segurança, e não fazer política'

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara)

 A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta quarta-feira (27) que o relatório da Polícia Federal (PF) sobre o plano golpista foi “estarrecedor”. A parlamentar criticou o envolvimento de militares bolsonaristas na tentativa de ruptura institucional.

“Política não combina com armas. Quem está armado tem que cuidar da segurança, no caso das Forças Armadas, do território nacional, dos nossos céus, dos nossos mares, da soberania do país, e não fazer política. Quando a política se confunde com armas, dá na ditadura que já tivemos, dá nessas tentativas de golpe”, disse a petista à CNN Brasil.

“Essas pessoas fazem parte de comunidades que são comunidades violentas, que incentivam ações como essas. E são comunidades que foram incentivadas, e tiveram ajuda para serem organizadas, do bolsonarismo e do próprio Bolsonaro. As falas do Bolsonaro, a forma como ele agia, do seu entorno também, estimulando violência, ódio, fake news, criaram essa situação no país”, acrescentou.

A petista criticou o envolvimento de Jair Bolsonaro (PL) no plano do golpe, conforme atestam as investigações da PF. "É muito grave. O presidente da República, que estava no comando do país, organizou isso tudo, junto com seus assessores, com militares, enfim, outras pessoas que participaram desse processo. E isso tem que ser punido. Nós não podemos admitir que isso não tenha uma responsabilização, uma punição”.

A Polícia Federal indiciou 37 pessoas acusadas de envolvimento no plano golpista. Alguns indiciados foram Jair Bolsonaro (PL), além dos ex-ministros Walter Braga Netto (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

De acordo com as investigações, tinha como um de seus objetivo o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Agentes prenderam quatro militares e um agente da PF.

A presidente do PT aproveitou para repudiar a tentativa de parlamentares bolsonaristas em querer dar anistia (perdão) a quem participou dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). O STF emitiu 265 condenações das 1.390 denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República. Novos julgamentos acontecerão.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

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