sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Foragido por atos golpistas é capturado na Argentina tentando fugir para o Chile

Joel Borges Correa é o quarto condenado pelas invasões aos três Poderes capturado no país; extradição depende de decisão judicial


Joel Borges Correa, brasileiro condenado a 13 anos e seis meses de prisão pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, foi preso na Argentina enquanto tentava fugir para o Chile. A captura ocorreu na terça-feira (19) em um controle de trânsito na cidade turística de El Volcán, na província de San Luis, localizada na região da Cordilheira dos Andes.

Correa residia em Buenos Aires e foi interceptado pela polícia argentina com uma mala de roupas no carro. Ele é o quarto foragido capturado após a Justiça argentina atender a pedidos de extradição do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro.

Desde que os mandados foram emitidos, ao menos 185 brasileiros pediram refúgio na Argentina, argumentando serem perseguidos políticos, mas até agora não houve decisões sobre esses pedidos.

Casos podem chegar à Suprema Corte argentina

Os detidos permanecem sob custódia até que as audiências de extradição sejam realizadas, o que ainda não tem data definida. Mesmo após as audiências, os casos podem ser levados à Suprema Corte argentina, retardando possíveis devoluções ao Brasil.

Entre os brasileiros condenados e presos na Argentina estão Wellington Luiz Firmino, Joelton Gusmão de Oliveira e Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, com penas entre 14 e 17 anos de prisão. Como Correa, Firmino também foi capturado enquanto tentava atravessar a fronteira para o Chile.

Bolsonaristas irão à Argentina para evento conservador

Paralelamente, a conferência conservadora CPAC, que ocorrerá em Buenos Aires no próximo mês, atrai a atenção de bolsonaristas, incluindo aqueles não ameaçados por extradições. Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro, ambos confirmados como palestrantes do evento, são apontados como aliados do governo de Javier Milei, que acolherá a conferência.

Embora Milei seja visto como um potencial apoiador pelos foragidos, seu governo já declarou que seguirá as decisões judiciais sobre os pedidos de extradição feitos pelo Brasil. Por ora, os processos de refúgio estão em análise, sem qualquer sinal de interferência política.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário