domingo, 17 de novembro de 2024

Ex-esposa de terrorista do STF teve queimaduras em 100% do corpo após incêndio na casa dele


Mulher foi resgatada primeiro por vizinhos e pessoas que passavam pelo local. Foto: Divulgação

A ex-esposa de Francisco Wanderley Luiz, homem que morreu após explodir uma bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), foi retirada por vizinhos com queimaduras por todo o corpo durante incêndio na casa onde morava, na manhã deste domingo (17), em Rio do Sul (SC).

Segundo apuração do Brasil de Fato, o Corpo de Bombeiros chegou por volta das 7h da manhã e encontrou a residência completamente tomada pelas chamas. Não se sabe qual é a origem do incêndio, que deve ser apurado pela Polícia Federal.

A mulher teve queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau por todo o corpo e foi encaminhada para o Hospital Regional em caráter de urgência.

Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, morava na casa quando vivia em Rio do Sul. Era filiado ao PL, mesmo partido de Bolsonaro, e foi candidato a vereador na cidade nas eleições de 2020, mas não foi eleito somando 98 votos.

Ele havia saído de Santa Catarina há três meses e estava morando em Ceilândia, cidade satélite de Brasília. Após o atentado, a Polícia Federal fez uma varredura na casa em que estava morando e foram encontrados artefatos explosivos no local.

Corpo de Bombeiros chegou ao local às 6h57 deste domingo (17). Foto: Divulgação

Antes de ir para Ceilândia, Luiz e a esposa moravam juntos na casa em Rio do Sul, no mesmo terreno onde o terrorista tinha um estabelecimento onde trabalhava como chaveiro. Depois que os dois se separaram e Luiz foi para o Distrito Federal, a ex-esposa construiu uma casa de madeira no mesmo terreno. Foi essa residência que pegou fogo neste domingo.

Antes do incêndio, a Polícia Federal (PF) já havia feito uma busca na casa. A PF também já tinha conversado com a ex-esposa. Segundo ela, Francisco Wanderley Luiz planejava o atentado há alguns anos.

Em suas redes sociais, Luiz fez publicações com referência a explosões: postou prints de conversas consigo mesmo no WhatsApp em que usa emojis de bombas e “desafia” a Polícia Federal a “desarmar a bomba que está na casa dos comunistas”.

Em outras postagens, Luiz mostrou fotos suas em visita ao prédio do STF, realizada em agosto deste ano.

Relembre

Francisco Wanderley Luiz morreu na quarta-feira (17), após explodir uma bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), por volta das 19h30.

Antes disso, o terrorista já havia estourado outro artefato na Praça dos Três Poderes. A primeira explosão aconteceu no carro de Francisco Wanderley Luiz, estacionado próximo à Câmara dos Deputados. As bombas parecem ter sido acionados de maneira remota.

A segunda, que causou a morte de Luiz, foi próximo ao prédio do Supremo Tribunal Federal.

Em nota, o STF disse que foram “ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. “Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela”, acrescenta.

Originalmente publicado no Brasil de Fato

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