Paulo Bilynskyj. Foto: Divulgação
O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), conhecido por sua ligação com a bancada da bala na Câmara dos Deputados, foi excluído da sociedade do clube de tiro Puma Tactical, localizado em São Paulo, após uma série de acusações. Ele, que também é delegado da Polícia Civil, foi acusado de enganar sócios, promover cursos de tiro com a presença de menores de idade e permitir o acesso de pessoas não autorizadas ao cofre de armas do estabelecimento. Do Estadão.
A disputa entre Bilynskyj e seus ex-sócios, Maicon Oliveira e Rafael Unruh, resultou em um processo judicial que culminou na decisão de sua exclusão da empresa. O caso gerou um grande interesse público, com a Justiça apontando uma “falta grave” por parte do parlamentar, o que colocou em risco a continuidade da sociedade e prejudicou a imagem do clube de tiro.
A decisão foi registrada na Junta Comercial de São Paulo, oficializando a saída de Bilynskyj da empresa. Entre as principais acusações contra o deputado, destacam-se a realização de um curso de tiro em 2022 com a presença de menores de idade, o que contraria as normas legais vigentes.
Na época, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia determinado que a participação de menores de 18 anos em atividades de tiro só seria permitida com autorização judicial, algo que Bilynskyj não havia obtido. Em depoimento à polícia, a mãe dos menores envolvidos no curso confirmou que seus filhos participaram da instrução, que custava R$ 1,4 mil por pessoa.
A situação levou a apurações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Corregedoria da Polícia Civil, devido à ligação de Bilynskyj com a polícia estadual. Apesar de o inquérito ter sido arquivado, a situação gerou repercussões e levou à intervenção da Justiça.
Os sócios de Bilynskyj na Puma Tactical alegaram uma série de faltas graves que comprometeram a continuidade da sociedade. Entre as acusações, estavam a realização de cursos sem a devida licença da Polícia Federal, a entrada de menores de idade e de uma namorada no cofre de armas, além da apropriação indevida de um grupo de Telegram utilizado para promover o clube.
Também foi alegado que Bilynskyj não cumpriu com o acordo de sua participação na sociedade, deixando de transferir armas de fogo e o valor de R$ 150 mil. Em sua defesa, Bilynskyj refutou as acusações, chamando-as de “aventura jurídica” e afirmou que os ex-sócios tentaram tumultuar os fatos.
O parlamentar também negou que tivesse cometido qualquer irregularidade em relação à presença de menores nos cursos, argumentando que a participação das crianças ocorreu em um momento de confraternização, com a presença das mães, e não durante a instrução de tiro.
A exclusão de Bilynskyj da Puma Tactical foi confirmada em dezembro de 2023, quando a decisão da Justiça transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recurso. O juiz responsável pelo caso, André Salomon Tudisco, determinou a exclusão do parlamentar, considerando que as ações dele poderiam prejudicar a continuidade das atividades empresariais da sociedade.
Segundo a decisão, as investigações em andamento, incluindo as apurações relacionadas à participação de menores, poderiam resultar em penalidades e danos à reputação do clube. A decisão também destaca que, apesar das alegações de irregularidades, a presença de menores no curso de tiro foi considerada grave o suficiente para justificar a exclusão de Bilynskyj da sociedade.
Além disso, o juiz destacou que o comportamento do deputado comprometeu a imagem da empresa e sua viabilidade comercial. A exclusão do deputado Paulo Bilynskyj do clube de tiro Puma Tactical reflete um desdobramento de acusações graves que envolvem a participação de menores em atividades de risco e a gestão de armamentos sem as devidas autorizações.
Embora o parlamentar tenha negado as acusações, o caso ressalta a importância de seguir as normas de segurança e as regulamentações legais, principalmente no que diz respeito ao uso de armamentos e à segurança de crianças.
Fonte: DCM
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