sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Caiado diz que 'acabou com o crime' em Goiás e Lula ironiza: 'o único estado que não tem problema de segurança' (vídeo)

Lula e Caiado divergem sobre PEC da Segurança: governador teme perda de autonomia, enquanto presidente defende urgência no combate ao crime organizado
Ronaldo Caiado e Lula (Foto: ABR)

Em um encontro com governadores realizado em Brasília nesta quinta-feira (31), o presidente Lula (PT) aproveitou para rebater declarações do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), sobre segurança pública. A reunião, conforme relatado pelo g1, tinha como objetivo discutir uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa intensificar a atuação do governo federal em políticas públicas e de segurança, ampliando o papel da Polícia Federal e propondo a criação de uma nova força policial ostensiva sob controle da União.

Durante o encontro, Caiado argumentou que a PEC poderia ameaçar as prerrogativas das forças de segurança estaduais, uma vez que transferiria parte do poder das polícias estaduais para a esfera federal. “Inadmissível qualquer invasão nas posições que os estados têm em termos de poder da sua polícia civil, militar e penal, que realmente são as estruturas que sustentam a segurança nesse país, com total parceria com a PF e a PRF”, declarou o governador, reforçando que Goiás não enfrentava problemas de segurança.

Ao replicar, Lula usou de ironia para confrontar o posicionamento de Caiado, questionando a veracidade de que Goiás estaria isento de problemas de segurança. “Eu tive a oportunidade de conhecer hoje o único estado que não tem problema de segurança, que é o estado de Goiás. Que eu peço pro [ministro da Justiça, Ricardo] Lewandowski ir lá levantar, que pode ser referência para os outros governadores”, provocou Lula, sugerindo que Caiado, e não ele, deveria ter liderado a reunião para compartilhar as “estratégias” de sucesso do estado.

Na conversa com a imprensa após o evento, Caiado demonstrou insatisfação com a fala de Lula: “não é um assunto para ser discutido nesse nível. Não cabe ironia”.

Fonte: Brasil 247

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