domingo, 24 de novembro de 2024

Braga Netto nega tentativa de assassinato de autoridades e culpa imprensa


Bolsonaro e Braga Netto

O general Braga Netto negou neste sábado (23) ter participado de uma tentativa de golpe de Estado ou de um plano de assassinato, sendo essa sua primeira manifestação pública sobre o caso. O ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL) se manifestou após ser indiciado pela Polícia Federal nesta semana, juntamente com o ex-presidente Bolsonaro e outros ex-integrantes do governo, sob suspeita de tramarem um golpe de Estado no Brasil. O inquérito investiga crimes como a abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Braga Netto se defendeu em suas redes sociais, afirmando: “Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de ‘golpe dentro do golpe’. Haja criatividade…”. Sua manifestação reflete a indignação com as acusações, que envolvem a tentativa de manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022, por meio de um golpe coordenado por uma organização criminosa.

O inquérito da Polícia Federal, que já conta com mais de 800 páginas, aponta para uma rede de pessoas atuando de maneira coordenada para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e manter Bolsonaro no poder. A investigação também está relacionada à prisão de quatro militares e um policial federal, acusados de tentar assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além de Braga Netto, também foram indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o policial federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto. Todos são suspeitos de envolvimento na trama que visaria manter o ex-presidente Bolsonaro no poder.

O relatório final da Polícia Federal será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) e caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresentará ou não uma denúncia formal contra os indiciados. Caso a denúncia seja aceita pelo STF, os envolvidos se tornarão réus e serão julgados pelas acusações de atentado contra a democracia e o Estado democrático de Direito.

Fonte: DCM

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