O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo de juristas Prerrogativas, defendeu a “prisão imediata” do ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado nesta quinta (21) pela Polícia Federal por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O advogado aponta que ele pode atrapalhar o andamento do processo e avalia que sua situação é “gravíssima”.
“Bolsonaro já pode e deve ser preso. Frente aos fatos que agora se tornaram públicos, que são envolvimento direto em tentativa de golpe de Estado com homicídio, a situação fica gravíssima. Bolsonaro é um dos cabeças da tentativa de golpe”, afirmou à coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles.
Ele aponta que o ex-presidente, mesmo com a proibição de se comunicar com os demais investigados, pode combinar estratégias e versões de defesa, além de ocultar provas. “Respeito o sagrado direito de defesa de quem quer que seja, mas os fatos são muito graves. Não estamos falando de um crime qualquer”, prossegue.
Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas. Foto: Divulgação
Para o advogado, “qualquer outro cidadão já estaria preso” por acusações similares. “Não quero que Bolsonaro seja tratado abaixo da lei, mas tampouco pode ser tratado como se estivesse acima dela”, completa.
O ex-presidente foi indiciado junto de 36 aliados, como os ex-ministros e generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto. Se condenados, eles podem ser presos por até 30 anos.
O relatório da Polícia Federal foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta (21) e o documento deve ser enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) na próxima semana. A expectativa é que o ex-presidente seja denunciado no início de 2025 e o julgamento ocorra no primeiro semestre.
Fonte: DCM
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