Jair Bolsonaro e Donald Trump. Foto: reprodução
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em entrevista ao colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, acreditar que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá contribuir para que ele participe das eleições de 2026 no Brasil, mesmo estando inelegível até 2030.
Bolsonaro afirmou que Trump “vai investir no Brasil” devido ao “enorme interesse” no país, ressaltando a importância estratégica do Brasil na América do Sul. Ele explicou que, embora não tenha um contato direto com Trump, conhece alguns de seus assessores que estão sendo indicados para o futuro gabinete.
Para ele, o republicano vê o Brasil como um país de grande relevância, não apenas por suas riquezas e população, mas também como um exemplo de estabilidade para a democracia e liberdade na América do Sul.
“Então, ele vai investir no Brasil sim, no meu entender, no tocante a fazer valer os valores do seu povo, que é muito semelhante do nosso. Que, através da liberdade de expressão, nós possamos aqui sonhar e não mergulharmos mais ainda numa ditadura que se avizinha”, declarou.
Bolsonaro também disse que Trump se preocupa com o crescimento da esquerda na região, apontando que a “grande arma” do republicano no Brasil será a defesa da liberdade de expressão.
“O interesse americano é em toda América do Sul. Enquanto presidente, ele falava da sua preocupação com a Venezuela e traçava planos e hipotéticos comigo, que é comum acontecer, que ficam completamente em reserva, tendo em vista a questão funcional minha. E eu falava para ele dos problemas, caso a esquerda voltasse ao Brasil. Eu não acreditava que ia voltar. Mas voltando, toda América do Sul ia ser pintada de vermelho. Então ele tem essa preocupação, e a grande arma dele, nessa questão, é a liberdade de expressão de sua forma mais abrangente possível”, explicou.
Apesar de sua inelegibilidade, Bolsonaro reafirmou sua intenção de seguir como candidato à Presidência até que sua “morte política seja anunciada para valer”.
O ex-capitão questionou as razões que justificam sua exclusão das eleições: “A resposta é a mesma: essa partícula ‘se, caso, talvez’ não existe. Eu sou candidato até que a minha morte política seja anunciada para valer. Eles não têm argumento para me tirar da política. A não ser o poder, a força de arbitrariedades contra a minha pessoa. Repito: qual a acusação contra mim? Que eu fiz de errado para não disputar uma eleição? E, se eu sou tão mal assim, deixa eu disputar para perder. É muito simples. Ou estão com medo da minha candidatura?”.
Assista abaixo:
Fonte: DCM
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