
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu que apresentará apenas no próximo ano a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por envolvimento na tentativa de golpe de Estado no Brasil, conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Segundo Gonet, é necessário analisar com profundidade o inquérito elaborado pela Polícia Federal (PF) antes de enquadrar o ex-capitão nos crimes que forem comprovados pelas investigações. A Procuradoria-Geral da República entende que o caso exige extremo cuidado, dada a alta exposição do tema, e busca garantir precisão absoluta na denúncia para evitar falhas.
Os procuradores também pretendem minimizar o intervalo entre a apresentação da denúncia e o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que entrará em recesso no mês de dezembro. Essa preocupação visa evitar que a demora prejudique a condução do processo.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado por suposta tentativa de golpe de Estado – Foto: Reprodução
A PF concluiu que, no final de 2022, Bolsonaro e outras 36 pessoas tentaram realizar um golpe com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com isso, cresce a expectativa em torno do envio da peça de acusação e do avanço do caso.
As investigações aumentaram ainda mais a pressão sobre Bolsonaro, já inelegível até 2030, e enfraqueceram as chances de aprovação do projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Além disso, ministros do STF avaliam que o relatório da PF representa uma ameaça ao futuro político do bolsonarismo. O trabalho da PF foi amplamente elogiado pelos magistrados, que destacaram a qualidade e a robustez do material apresentado.
Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo
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