Episódio de Novo Hamburgo reflete uma onda crescente de violência envolvendo indivíduos registrados como colecionadores e atiradores
O massacre cometido pelo atirador Edson Fernando Crippa em Novo Hamburgo (RS) chama atenção para uma preocupante tendência: o crescente número de crimes cometidos por pessoas com registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Na quarta-feira (23), Crippa, de 45 anos, matou três pessoas, incluindo dois familiares e um policial, e feriu outras nove, antes de ser abatido pela Brigada Militar. O atirador, que possuía quatro armas registradas, mesmo com histórico de internações psiquiátricas, utilizou seu armamento legalizado para causar terror na cidade gaúcha.
O atirador tinha quatro armas registradas no nome dele, segundo o Sistema de Consultas Integradas.
Os armamentos em posse de Edson eram:
— 1 pistola Taurus PT111G2 calibre 9 mm — 1 rifle calibre 22 — 1 espingarda calibre 12 — 1 pistola .380.
Esse caso, porém, está longe de ser isolado. Apenas nos últimos meses, de acordo com reportagem do Metrópoles, vários crimes graves foram cometidos por pessoas com registro de CAC. Em janeiro de 2024, Wesly Denny da Silva Melo, também registrado como CAC, matou sua ex-esposa, Tainara, com diversos tiros em frente ao salão de beleza onde ela trabalhava, no Distrito Federal. Outro caso chocante ocorreu em abril, quando Regivaldo da Silva Santana confessou ter assassinado quatro jovens em Arapiraca (AL), alegando legítima defesa, uma justificativa desmentida pela polícia.
Outros exemplos reforçam essa preocupante sequência. Em março deste ano, Edney Pereira dos Santos, também CAC, matou a ex-esposa Regiane Pires em Anápolis (GO), e, em fevereiro, Paulo Roberto Moreira Soares assassinou sua esposa Izabel Aparecida em Ceilândia (DF). Essas tragédias revelam um padrão alarmante de violência entre pessoas que têm acesso a armas legalizadas. Os episódios repetidos evidenciam a necessidade urgente de revisar as permissões de posse e a fiscalização de armamentos, principalmente entre aqueles que já demonstraram sinais de instabilidade emocional ou mental.
Fonte: Brasil 247
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