Assessoria diz que o uso de aeronaves e a participação em atos de campanha durante o horário de expediente “estão de acordo com a lei eleitoral“
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem estreitado o apoio à campanha de Ricardo Nunes (MDB), especialmente após a passagem deste para o segundo turno nas eleições municipais. De acordo com a Folha de S. Paulo, usando helicóptero para comparecer a atos de campanha, Tarcísio não só fechou sua agenda em dias críticos, como também articulou políticos para enfrentar a crise do apagão provocada pela Enel.
Desde o primeiro turno, Tarcísio tem se posicionado como o fiador de Nunes dentro da direita, reforçando a estratégia do prefeito de cobrar respostas da concessionária de energia e do governo federal. No entanto, com o apagão dominando a pauta eleitoral, o governador assumiu a linha de frente, convocando reuniões com representantes dos governos federal, estadual e municipal para discutir um plano de emergência em resposta ao novo temporal que se aproximava.
Na semana anterior, Tarcísio organizou dois encontros no Palácio dos Bandeirantes, um deles com Augusto Nardes, ministro do TCU, e outro na quinta-feira, 17, que coincidentemente foi o dia em que Nunes optou por não comparecer ao debate promovido por veículos de comunicação.
Em um movimento que foge do habitual, tanto Nunes quanto Tarcísio evitaram dar entrevistas à imprensa após a reunião, evidenciando uma estratégia para contornar a pressão e as críticas. O adversário Guilherme Boulos (PSOL) chegou a comentar que era "lamentável" que Nunes estivesse "se escondendo debaixo da saia de Tarcísio".
Priorizar a campanha tornou-se uma marca registrada da atuação de Tarcísio. Ele tem utilizado o helicóptero para comparecer a eventos com Nunes e também fez uma viagem a Brasília em busca do apoio de Jair Bolsonaro (PL), tentando mobilizar sua base em favor do emedebista, sem que tais compromissos fossem registrados oficialmente.
Em resposta às perguntas sobre o uso de helicóptero em compromissos de campanha, a assessoria de Tarcísio afirmou que tais práticas “estão de acordo com a lei eleitoral“ e que a segurança e eficiência nos deslocamentos são prioridades. A nota também enfatiza que a realização de atividades eleitorais durante o expediente é permitida pela jurisprudência da Justiça Eleitoral, garantindo que os agentes políticos possam participar de campanhas mesmo durante o horário de trabalho.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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