segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Tarcísio entra em campo para acalmar "ciúme" de Bolsonaro contra Kassab

Para acalmar a tensão, aliados avaliam que o governador deveria oferecer secretarias de peso da gestão estadual a afilhados políticos de Bolsonaro

Jair Bolsonaro / Gilberto Kassab (Foto: Abr)

Após o fim do segundo turno das eleições, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já sinalizou a seus aliados que sua próxima missão será tentar apaziguar a relação entre Jair Bolsonaro (PL) e Gilberto Kassab, secretário de governo de sua gestão e presidente do PSD, diz a jornalista Bela Megale, em sua coluna no jornal O Globo. A tensão entre os dois tem se intensificado, especialmente com as recentes críticas de Bolsonaro, que não hesitou em rotular o PSD como um “partido de negócios”.

Em entrevistas, o ex-mandatário questionou a presença de membros do PSD em ministérios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e na secretaria na administração estadual, expressando sua insatisfação com a situação. Kassab, por sua vez, tem respondido a essas críticas enfatizando que “diálogo não é fisiologismo”, destacando a importância da comunicação entre as partes, mesmo diante das divergências.

Aliados de Bolsonaro avaliam que o ex-mandatário demonstra “certo ciúme” do espaço ocupado por Kassab na gestão de Tarcísio e sugerem que o governador deve oferecer secretarias relevantes, como as da Educação e da Justiça, a afilhados políticos de Bolsonaro. Essa proposta é vista como uma estratégia para amenizar a tensão entre os líderes.

Não faz muito tempo, Tarcísio expressou a pessoas próximas sua insatisfação com a falta de gestos de Kassab que pudessem contribuir para melhorar o clima com Bolsonaro. Ele criticou a ofensiva do presidente do PSD em atrair prefeitos de outros partidos para sua legenda, apontando que tal ambição poderia prejudicar a construção de alianças futuras, especialmente com vistas às eleições de 2026.

Se Tarcísio decidir lançar sua candidatura à Presidência na próxima eleição, ele precisará não apenas conquistar o apoio de Bolsonaro, mas também encontrar uma maneira de unir no mesmo palanque o ex-presidente e Kassab, que se tornou um dos principais desafetos políticos de Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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