Em movimento estratégico, governador de São Paulo adia alinhamento com Bolsonaro e frustra expectativas de Valdemar Costa Neto
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, surpreendeu aliados e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao decidir manter-se no Republicanos, desistindo de sua possível filiação ao partido de Jair Bolsonaro (PL). Conforme divulgado por Igor Gadelha, do Metrópoles, Tarcísio, que vinha sendo cortejado pelo PL desde o início de seu mandato, comunicou sua decisão a interlocutores próximos nos bastidores, revelando que deverá permanecer no Republicanos até 2026, último ano de seu mandato.
Durante meses, especulações sobre a entrada de Tarcísio no PL marcaram o cenário político, com Valdemar Costa Neto confirmando publicamente que o governador estaria quase certo para se juntar ao partido após as eleições municipais de 2024. Inclusive, o Jair Bolsonaro (PL) havia comentado que a mudança estava “90% acertada”. No entanto, a decisão de Tarcísio, que evita romper com o Republicanos, partido pelo qual foi eleito, surge como uma reavaliação estratégica de seu posicionamento no cenário político nacional.
Nos bastidores, aliados de Tarcísio apontam que o governador busca estabilidade para seu governo e a manutenção de uma posição mais independente, algo que seria dificultado caso ingressasse no PL, partido intimamente associado às estratégias e demandas de Bolsonaro. Segundo essas fontes, a opção de se manter no Republicanos demonstra a disposição do governador de se distanciar de pressões externas e das expectativas bolsonaristas, reforçando sua identidade política própria.
Para Valdemar Costa Neto, que via a possível filiação de Tarcísio como um fortalecimento da aliança com Bolsonaro, a notícia representa um revés significativo. A permanência de Tarcísio no Republicanos é vista também como um sinal de que o governador paulista planeja conduzir seu mandato com maior autonomia, embora mantenha boas relações com figuras do espectro bolsonarista.
Esse movimento sugere que Tarcísio de Freitas está apostando em uma carreira política de longo prazo, na qual alianças estratégicas poderão ser moduladas conforme as demandas políticas do momento, sem um alinhamento total com a agenda do PL. Essa postura pode gerar um efeito de distanciamento em relação ao bolsonarismo mais radical, permitindo ao governador paulista explorar outras frentes no cenário político até o final de seu mandato, em 2026.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
Nenhum comentário:
Postar um comentário