Extrema-direita racha de vez em São Paulo após as fake news de Marçal contra Boulos
Tarcísio de Freitas (Foto: Karine Santos/Governo do Estado de SP)
Em uma rara ocorrência de consenso no espectro político brasileiro, tanto esquerda quanto a extrema-direita bolsonarista concordam que o ex-coach e candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, do PRTB, deveria ser preso por conta das mentiras sobre suposto uso de drogas divulgadas contra seu rival na corrida do Psol, Guilherme Boulos. Agora foi a vez do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se posicionar.
"A fraude vai ser comprovada com muita facilidade. Não dá pra entender, é surreal que está acontecendo, o descaramento de soltar um documento desse, eu não consigo acompanhar", disse Tarcísio em agenda com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL). "Se o Brasil fosse sério, Pablo Marçal seria preso", afirmou. As declarações foram citadas pela Folha de São Paulo.
"A acho que isso vai ter repercussão eleitoral sim, acho que as pessoas que estavam encantadas vão ver que ele não é fiel, confiável, que faz qualquer coisa para chegar ao poder. Eu acredito que as pessoas de bem não aceitam isso", disse.
Em mais um capítulo de desespero eleitoral, Marçal foi desmascarado por sua tentativa de manchar a reputação de Boulos. A ex-secretária do médico José Roberto de Souza, cujo nome foi usado no suposto laudo divulgado por Marçal para atestar uso de cocaína do psolista, confirmou que a assinatura que aparece no documento é falsa, segundo informações de O Globo.
O crime eleitoral não deixa alternativas senão a prisão imediata do ex-coach de extrema-direita e a impugnação de sua candidatura, como defende o próprio Boulos.
O laudo, usado por Marçal em uma tentativa desesperada de atacar seu adversário político, sugeria que Boulos teria sido internado por uso de cocaína em 2021, algo que o deputado prontamente desmentiu.
Fonte: Brasil 247
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