segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Seis mulheres já acusaram Silvio Almeida de assédio ou importunação sexual

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, detalhou os episódios em depoimento prestado à Polícia Federal no último dia 3

Silvio Almeida (Foto: Filipe Araújo/MINC)

 Em um mês, seis mulheres vieram a público denunciar casos de assédio e importunação sexual envolvendo Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos do governo Lula. As denúncias resultaram na abertura de inquéritos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Trabalho, que apuram as acusações. Silvio Almeida nega todas as acusações. O ex-ministro segue negando veementemente todas as acusações e que irá comprovar sua inocência.

As informações são do jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no Metrópoles.

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, detalhou os episódios em depoimento prestado à Polícia Federal no último dia 3. Ela afirma que o comportamento inadequado de Almeida começou durante o período de transição do governo, em 2022, e culminou em atos de importunação física. “Fui vítima de importunação sexual. […] A gente está falando de um conjunto de atos inadequados e violentos, sem consentimento e reciprocidade. […] Ninguém se sente à vontade para relatar uma violência”, disse Anielle em entrevista ao repórter Matheus Leitão no dia 4 de outubro.

Segundo a ministra, as abordagens começaram com "falas e cantadas mal postas" e evoluíram para "um desrespeito pelo qual eu também não esperava". Em depoimento à repórter Sonia Bridi no dia 7 de outubro, ela relatou um episódio específico: “A gente nunca teve nenhum tipo de intimidade. […] Durou alguns meses, assim, mais de ano, na verdade. […] Até situações que mulher nenhuma precisa passar, merece passar ou deveria passar”. Anielle afirmou ainda que foi tocada de forma inapropriada por Almeida durante uma reunião do governo federal em maio de 2023.

Outras denúncias reforçam acusações

Além de Anielle, outras cinco mulheres apresentaram relatos semelhantes. Isabel Rodrigues, advogada e professora, decidiu trazer sua história a público após o ex-ministro desqualificar as denúncias e chamar as vítimas de "mentirosas". Em um vídeo publicado em suas redes sociais, ela acusou Almeida de tê-la assediado em 2019 durante um almoço em São Paulo. “Ele levantou a saia e colocou a mão nas minhas partes íntimas, com vontade. Eu fiquei estarrecida, fiquei com vergonha das pessoas, porque é assim que as vítimas se sentem”, declarou. Em entrevista à coluna, Isabel disse que resolveu falar sobre o caso porque "não podia se calar" diante das declarações de Almeida.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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