quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Ricardo Nunes afirma que trabalhará para afastar MDB de Lula em 2026

Prefeito reeleito de São Paulo declara apoio a Tarcísio ou Bolsonaro e revela que outros líderes do MDB também desejam afastar a sigla do PT

Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, comemora a reeleição (Foto: Carla Carniel / Reuters)

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, reeleito no último domingo, declarou ao jornal Estado de S. Paulo que usará sua “força política” para evitar que o MDB apoie o presidente Lula em uma possível reeleição em 2026. Em entrevista exclusiva ao jornal, Nunes expressou apoio a uma eventual candidatura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ambos potenciais concorrentes do presidente.

“Vamos trabalhar para que o MDB se posicione ao lado de quem quer uma mudança real para o Brasil em 2026”, afirmou o prefeito. Nunes ressaltou que essa é uma visão compartilhada por outros membros influentes do partido. Segundo ele, já houve discussões com o prefeito reeleito de Porto Alegre, Sebastião Melo, que o incentivou a liderar o movimento de afastamento do MDB do PT. “Melo acredita que nossa força política é essencial para barrar esse apoio ao projeto do PT,” completou.

O MDB, que atualmente integra a base do governo Lula, detém posições importantes no Planalto, incluindo os ministérios do Planejamento, comandado por Simone Tebet, das Cidades, liderado por Jader Filho, e dos Transportes, sob o comando de Renan Filho. No entanto, o apoio partidário ao governo não significa consenso entre todos os líderes da sigla, uma vez que parte deles busca outras alianças.

A postura de Nunes e a manifestação pública de sua discordância com o governo federal refletem o movimento de líderes regionais do MDB que preferem distanciar a legenda da influência do PT. Segundo analistas, essa divisão interna pode afetar a articulação do governo, especialmente nas pautas de interesse dos ministérios controlados pelo MDB, e reflete um racha que há tempos se desenha dentro do partido.

Fonte: Brasil 247

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