Ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Foto: Reprodução
A Polícia Federal (PF) afirmou que houve “falta de ações coordenadas” e “falhas evidentes” da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal durante os atos golpistas do 8 de janeiro. As declarações contam no relatório final da investigação.
O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ainda destacou a “ausência inesperada” do ex-secretário Anderson Torres, que estava nos Estados Unidos no dia dos atos antidemocráticos.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, encaminhou o relatório para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) na última segunda-feira (28).
Além de Torres, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também está sendo investigado.
Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Foto: Renato Alves/ Agência Brasília
“Conclui-se que as falhas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) no enfrentamento das manifestações de 08/01/2023 são evidentes, especialmente pela ausência inesperada de seu principal líder, Anderson Gustavo Torres, em um momento de extrema relevância aliado a falta de ações coordenadas e a difusão restrita de informações cruciais contidas no Relatório de Inteligência no 06/2023 foram fatores decisivos que contribuíram diretamente para a ineficiência da resposta das forças de segurança”, escreveu a corporação no documento.
No relatório, a PF apontou que a “falta de ações coordenadas” e a “difusão restrita de informações cruciais” foram “fatores decisivos” para a “ineficiência da resposta das forças de segurança”.
“A ausência de articulação e de difusão de dados comprometeu a capacidade de antecipar e enfrentar os atos de violência, revelando um despreparo que não pôde conter a escalada dos eventos ocorridos 08 de janeiro de 2023”, afirmou.
Fonte: DCM
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