Prefeito e candidato à reeleição ainda expressou surpresa com a Justiça Eleitoral por permitir que Marçal continuasse na disputa: "conivente"
Ricardo Nunes (Foto: ABr)
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), descartou de forma contundente qualquer possibilidade de buscar aliança com Pablo Marçal (PRTB) em um eventual segundo turno das eleições municipais contra Guilherme Boulos (Psol). Em uma declaração enfática, Nunes classificou Marçal como "uma pessoa malvada" e afirmou que "não é de Deus". A fala foi registrada durante um evento religioso na igreja Renascer em Cristo, realizado neste sábado (5), com a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), relata a Folha de S. Paulo.
Segundo Nunes, mesmo que enfrente Boulos no segundo turno, Marçal não será um aliado. "Eu não converso com bandido", declarou, encerrando qualquer especulação sobre uma aproximação com o adversário.
A origem das tensões entre Nunes e Marçal remonta à recente divulgação de um laudo falso que associava Boulos ao uso de cocaína, manobra que levou o governador Tarcísio de Freitas a afirmar que o influenciador deveria ser preso. "Com certeza", concordou Nunes, endossando as palavras de Tarcísio. "Ele é uma pessoa malvada, ruim, não é de Deus. Quem tem essa capacidade de fazer essas maldades todas, não tem outro lugar a não ser atrás das grades", reforçou o prefeito.
Nunes ainda expressou surpresa com a Justiça Eleitoral por permitir que Marçal continuasse na disputa, mesmo com "tanto indício de irregularidade" na candidatura do PRTB. Para o prefeito, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi "conivente" ao não barrar o adversário, prevendo que a probabilidade de cassação de Marçal "é muito grande". A acusação se baseia tanto no abuso de poder econômico, apontado em ação do PSB, quanto na utilização do laudo falso.
Tarcísio de Freitas, por sua vez, também não demonstrou interesse em se alinhar com Marçal. Quando questionado sobre uma possível escolha entre o influenciador e Boulos, foi categórico ao afirmar: "Eu nunca apoiarei a esquerda". No entanto, a negativa em apoiar Marçal não foi explicitamente confirmada, o que gerou especulações.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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