domingo, 13 de outubro de 2024

João Paulo Cunha defende ministério para Arthur Lira e trazer Centrão para mais perto do governo

“Precisamos consolidar essa banda do Centrão que dialoga com a gente para a disputa de 2026”, defende o petista ex-presidente da Câmara

João Paulo Cunha e Arthur Lira (Foto: Agência Brasil )

 O ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, enfatizou a importância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva consolidar alianças estratégicas com partidos de centro-direita. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Cunha disse que essa abordagem é essencial para garantir estabilidade política e enfrentar a disputa pela reeleição em 2026. Cunha sugere que o deputado Arthur Lira (PP), atual presidente da Câmara, deve ser integrado à equipe do governo Lula, possivelmente assumindo um ministério em 2025, como forma de estreitar os laços com o Centrão. “O ideal é Lira assumir um ministério em 2025 porque temos de trazer o Centrão para mais perto”, disse João Paulo ao Estadão. “Precisamos consolidar essa banda do Centrão que dialoga com a gente para a disputa de 2026.”

João Paulo, membro da "velha guarda" do PT, ressalta que a sigla precisa se reinventar após as eleições municipais, uma vez que o partido enfrenta uma crise de representação e perdeu capilaridade social. Ele critica a falta de renovação de lideranças e a necessidade de atualizar o entendimento do capitalismo no Brasil. Além disso, aponta que o PT deve se atentar às mudanças nas demandas da população, especialmente dos trabalhadores que melhoraram de vida, assim como dos evangélicos.

O ex-presidente da Câmara também analisou o crescimento da direita no Brasil, atribuindo essa ascensão à habilidade de se comunicar com as expectativas do povo, promovendo uma visão liberal na economia e conservadora nos costumes. Ele enfatiza que, para Lula, não basta um bom desempenho econômico ou um grande tempo de TV; é preciso ajustes urgentes na comunicação e nas políticas sociais do governo para que a administração se mantenha relevante.

Cunha, que está escrevendo sua autobiografia e reflete sobre sua trajetória política, afirma que o governo deve estar atento aos sinais da sociedade. A sua visão pragmática sugere que um diálogo mais próximo com o Centrão é fundamental para a estabilidade política necessária em um período eleitoral desafiador.

Fonte: Brasil 247

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