Hospital Israelita Albert Einstein. Foto: Divulgação
O Hospital Israelita Albert Einstein negou qualquer vínculo profissional com Luiz Teixeira da Silva Junior, proprietário da clínica Mais Consulta, que emitiu um laudo falso contra o candidato Guilherme Boulos (PSOL). O documento foi divulgado nas redes sociais pelo ex-coach Pablo Marçal (PRTB) na sexta-feira (4), alegando que ele teria procurado atendimento por uma crise causada pelo uso de cocaína. O laudo, assinado por um médico falecido, foi rapidamente desmentido.
Em nota, o hospital esclareceu que Luiz Teixeira “nunca atuou em suas unidades ou em qualquer outra atividade administrada pelo Einstein”. Embora ele tenha sido visto em fotos ao lado de Marçal usando um jaleco com o logotipo do hospital, o Einstein informou que o dono da clínica apenas participou de um curso de especialização oferecido pela instituição em 2016, voltado para profissionais da saúde.
Ainda segundo a apuração, o hospital ressaltou que não fornece jalecos para alunos de seus cursos, e que esses itens não estão disponíveis para venda. A única maneira de obter um jaleco com o logotipo seria por meio de personalização particular, o que reforça a suspeita de uso indevido da imagem da instituição.
Pablo Marçal e Luiz Teixeira da Silva Junior. Foto: Reprodução
Luiz Teixeira da Silva Junior tem um histórico de falsificação. Ele foi condenado em 2021 pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a dois anos e quatro meses de prisão por falsificação de diploma de medicina e uso de documento falso.
Na época, ele apresentou ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremes-RS) um diploma de medicina e uma ata de colação de grau falsos, com a intenção de obter registro profissional. A entidade verificou a autenticidade dos documentos junto ao Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), que confirmou que ele nunca estudou na instituição.
Sua pena original foi convertida em prestação de 840 horas de serviços à comunidade e pagamento de multa. Durante as investigações, Luiz Teixeira chegou a ser considerado foragido pela Justiça de São Paulo. Ele se defendeu alegando ter contratado um despachante para regularizar sua formação em Biomedicina, mas essa versão foi considerada “inverossímil” pelo juiz, resultando em sua condenação.
Fonte: DCM
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