O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciará nesta quarta-feira (16/10) a decisão final
O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciará nesta quarta-feira (16) a decisão final sobre o retorno do horário de verão ainda em 2024. A medida, extinta em 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), está sendo avaliada como uma alternativa para reduzir os efeitos da severa estiagem que afeta o sistema energético nacional. A informação é do Boletim Metrópoles. As informações são do Metrópoles.
Dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que o Brasil enfrenta a pior seca dos últimos 75 anos. Diante desse cenário, na última terça-feira (15/10), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, um estudo técnico que visa garantir a segurança energética do país. Este estudo servirá de base para a decisão do governo sobre o possível retorno da medida.
Inicialmente, Silveira mostrou-se favorável à volta do horário de verão, mas recentemente adotou um discurso mais cauteloso. Na última semana, o ministro destacou a necessidade de avaliar a “imprescindibilidade” da medida ainda para este ano. "Caso não seja constatada a necessidade imediata da medida, a mudança pode ficar para 2025", explicou.
Economia de energia e redução de custos
O ONS apresentou um estudo no mês passado recomendando a retomada do horário de verão. De acordo com os especialistas, a medida pode aliviar a pressão sobre o Sistema Interligado Nacional (SIN) durante o horário de pico, no fim da tarde, momento em que o consumo de energia aumenta com o retorno das famílias para casa. Segundo o relatório, a adoção do horário de verão poderia reduzir a demanda em até 2,9%, gerando uma economia de aproximadamente R$ 400 milhões nos custos operacionais entre outubro e fevereiro.
Impactos no setor de aviação e a posição do governo
Apesar das possíveis vantagens para o sistema elétrico, a proposta enfrenta resistência em setores específicos, como o de aviação. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) manifestou preocupação com a possível mudança ainda em 2024, alertando que isso causaria ajustes nos horários de voos e conexões já programados, além de outros transtornos para passageiros e tripulações. A entidade pede um prazo mínimo de 180 dias entre a decretação e a implementação da medida.
No entanto, o ministro Alexandre Silveira afirmou que, se o governo decidir pelo retorno do horário de verão ainda este ano, a mudança deve ser implementada até o início de novembro. "Se a decisão for tomada nesta semana, o prazo para entrar em vigor será de 15 a 20 dias", disse.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
Nenhum comentário:
Postar um comentário