"Quem vendeu (e vendeu mal) nossas empresas de energia foi a turma deles, dos tucanos, de Temer, Bolsonaro e Guedes', disparou a presidente do PT
Gleisi Hoffmann e Tarcísio de Freitas (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Mônica Andrade/Governo do Estado de SP )
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, criticou duramente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), pelas declarações responsabilizando o governo federal pelo apagão que afeta o estado. Hoffmann considerou as falas de ambos uma “hipocrisia”, uma vez que, segundo ela, os problemas enfrentados pela população paulista seriam resultado de escolhas das administrações anteriores, que levaram à privatização do setor energético.
“É muita hipocrisia de Nunes e Tarcísio tentar ligar o novo apagão de São Paulo ao governo federal. Quem vendeu (e vendeu mal) nossas empresas de energia foi a turma deles, dos tucanos, de Temer, Bolsonaro e Guedes. Privatizar serviço público de energia e água não deu certo em nenhum lugar do mundo. É a população que paga a conta”, disparou Hoffmann em postagem nas redes sociais, reforçando a sua visão sobre os impactos negativos da privatização.
As críticas surgem em resposta à declaração de Tarcísio de Freitas, que no sábado (12) afirmou que a responsabilidade pelo contrato de concessão da Enel, empresa que opera a distribuição de energia no estado, é do governo federal, principalmente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O governador de São Paulo usou as redes sociais para cobrar uma reação do Ministério de Minas e Energia, sugerindo a abertura de um processo de caducidade contra a concessionária italiana, que tem enfrentado dificuldades para resolver o apagão que já se estende desde sexta-feira (11).
Em resposta, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), rebateu as declarações, lembrando que a atual composição da Aneel foi indicada durante o governo Jair Bolsonaro (PL), do qual Tarcísio fez parte como ministro da Infraestrutura. Silveira destacou ainda que, desde o início de sua gestão, o ministério tem pressionado por mais fiscalização e punição às concessionárias de energia, incluindo a Enel, e que a Aneel "bolsonarista" negligenciou os processos de punição adequados.
Silveira reforçou que o governo atual já emitiu um decreto estabelecendo critérios mais rigorosos para avaliação das concessionárias de energia, mas alertou que a Aneel precisa garantir a prestação de um serviço de qualidade à população.
Fonte: Brasil 247
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