Ministra afirmou que o governo fará uma revisão estrutural das despesas
Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante entrevista à Reuters em Brasília 07/05/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
(Reuters) - Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos públicos no Brasil, disse nesta terça-feira a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ao anunciar que o governo vai apresentar medidas ao Congresso para que sejam votadas ou tenham discussões iniciadas ainda neste ano e argumentar que serão iniciativas “justas” e “palatáveis”.
Em entrevista a jornalistas após reunião com o ministro Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, Tebet afirmou que o governo fará uma revisão estrutural das despesas, argumentando que políticas públicas ineficientes não geram justiça social.
Sem especificar medidas do pacote, a ministra afirmou que algumas iniciativas estão "interditadas" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a equipe econômica, citando que a política de ganhos reais do salário mínimo não será alterada.
"Temos que trabalhar com a política brasileira, nós temos que trabalhar com o diálogo com o Congresso Nacional", disse, ressaltando que as iniciativas ainda passarão por aprovação de Lula.
Segundo ela, o plano prevê a conclusão das discussões com o presidente logo após o segundo turno das eleições municipais, no fim deste mês, e em seguida uma abertura do diálogo com o Congresso.
"A ideia é colocar o máximo possível de medidas ainda este ano dentro daquilo que a gente saiba que é possível votar ou começar a discussão", afirmou.
A Reuters mostrou na segunda-feira que o governo preparava medidas de contenção de gastos obrigatórios para serem apresentadas após a realização do segundo turno das eleições, em busca da sustentabilidade do arcabouço fiscal e da dívida pública.
A ministra afirmou que, como parte da avaliação política, uma parcela das iniciativas deve ser apresentada logo, com uma nova leva de medidas estruturais a serem enviadas em um segundo momento.
No total, segundo ela, a equipe econômica tem mais de 30 medidas em estudo.
Fonte: Brasil 247 com Reuters
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