Presidente do PT reagiu às declarações do ministro correligionário, que mais cedo disse que o partido entrou na "zona de rebaixamento"
O clima parece ter esquentado no PT. A presidente da sigla, deputada Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais nesta segunda-feira (28) rebater as declarações recentes do ministro correligionário Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais. Mais cedo nesta segunda, Padilha disse que o partido entrou na "zona do rebaixamento" e pediu uma autoavaliação, após os resultados das eleições municipais.
Segundo Gleisi, o partido pagou o preço por integrar um governo de alianças, das quais Padilha é peça central. "Temos de refrescar a memória do ministro Padilha, o que aconteceu conosco desde 2016 e a base de centro e direita do Congresso, que se reproduz nas eleições municipais, que ele bem conhece. Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa ofensiva da extrema direita", escreveu Gleisi na rede social X.
A dirigente ainda disse que Padilha ofendeu o partido, e atribuiu ao ministro parte da esponsabilidade pelos resultados: "Ofender o partido, fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças. Padilha devia focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados. Mais respeito com o partido que lutou por Lula Livre e Lula Presidente, quando poucos acreditavam".
Nas eleições municipais deste ano, o PT elegeu 252 prefeitos, sendo a penas um em uma capital: Fortaleza (CE). Os resultados representam um crescimento em relação a 2020, quando fez 183. Ao mesmo tempo, o PT ficou aquém das expectativas em muitas cidades, gerando críticas também do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
Fonte: Brasil 247
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