domingo, 27 de outubro de 2024

Fake news de Tarcísio contra Boulos é o crime mais grave desta campanha, diz Gleisi

“Deixou para espalhar essa mentira só hoje para tentar escapar da Justiça Eleitoral. Armação rasteira e covarde”, disparou a presidente do PT

Gleisi Hoffmann e Tarcísio de Freitas (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Mônica Andrade/Governo do Estado de SP )

Neste domingo (27), a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), fez duras críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), após ele ter afirmado, sem apresentar provas, que o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) estaria contando com o apoio de facções criminosas para se eleger prefeito da capital paulista. Pelas redes sociais, Gleisi afirmou: "Tarcísio deixou para espalhar na manhã da eleição a maior fake news de toda a campanha. É um crime dos mais graves a divulgação, pelo governo de São Paulo, de bilhetes apócrifos, tentando associar a campanha de Boulos e Marta [Suplicy (PT)] a uma facção criminosa".

As declarações de Tarcísio foram feitas ao lado do prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, o que levou Boulos a responder: "que vergonha, né. Nada mais a dizer, é o candidato que ele apoia que botou o PCC na Prefeitura de São Paulo."

Segundo a Folha de S. Paulo, Boulos estava saindo do colégio Objetivo, na Avenida Paulista, onde acompanhou sua avó, Dona Cida, na votação, quando soube da polêmica. Seus assessores, visivelmente agitados, prometeram acionar a Justiça contra o governador. Em nota, Boulos reiterou: "É criminosa a atitude do governador Tarcísio de Freitas de criar uma grave fake news em pleno domingo de eleições". Ele ainda acrescentou que Tarcísio utiliza a máquina pública de maneira irresponsável, infringindo os preceitos democráticos.

O deputado também criticou a imprensa por veicular as declarações do governador sem contestação. "Tão grave quanto é a imprensa reproduzir tal absurdo como algo normal e não questionar o flagrante propósito eleitoreiro do governador", afirmou. "Lamentamos que a Folha de S. Paulo tenha publicado declaração mentirosa do governador sem sequer ouvir a opinião da campanha adversária. Isso fere os preceitos jornalísticos da isenção e imparcialidade. Perde o jornalismo e a democracia."

Em coletiva, Tarcísio, ao lado de Nunes, comentou sobre um comunicado da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) que interceptou mensagens supostamente enviadas por membros do PCC, orientando o voto em determinadas cidades. "Nós fizemos um trabalho grande de inteligência, temos trocado informações com o Tribunal Regional Eleitoral para que providências sejam tomadas", disse. Questionado sobre qual candidato seria indicado pelo PCC em São Paulo, Tarcísio respondeu: "Boulos".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

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