Processo aponta comportamentos invasivos, manipulação e pressão psicológica; outras três mulheres também podem ter sido vítimas
O influenciador conservador Guilherme Freire, ex-diretor de conteúdo da produtora Brasil Paralelo, está sendo acusado de assédio moral e sexual por uma ex-colega de trabalho, Catarina Torres, que protocolou uma ação indenizatória na Justiça de São Paulo no último dia 2. Os episódios teriam ocorrido no final de 2021, quando Catarina, então com 18 anos, começou a trabalhar na empresa, relata reportagem da Folha. A denúncia relata comportamentos invasivos e manipuladores por parte de Freire, que teria feito comentários sobre sua aparência e tentado se aproximar de forma indevida. Áudios e conversas de WhatsApp anexados ao processo sugerem que outras três mulheres também podem ter sido vítimas.
Segundo Catarina, a pressão psicológica e o assédio moral incluíam ameaças de demissão caso ela não atendesse aos pedidos de Freire, além de tentativas de controle e sedução. Ela alega que, em um dos episódios, o influenciador tentou segurar sua mão e insistiu para que ela confiasse nele como um mentor. O advogado de Freire, Miguel Vidigal, negou as acusações, afirmando que o processo é "baseado em calúnias" e que a inocência será provada na justiça. A produtora Brasil Paralelo também se manifestou, afirmando que está cooperando com as investigações e cumprindo suas responsabilidades legais.
Além das acusações de Catarina, o processo cita conversas com outras mulheres que relatam experiências semelhantes. Uma delas afirmou que Freire tentou beijá-la sem consentimento e que a direção da Brasil Paralelo tomou conhecimento dos abusos e decidiu demitir o influenciador em agosto de 2022. Até o momento, essas outras mulheres não formalizaram processos contra Freire.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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