segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Dirigente do PL pede expulsão do deputado Ricardo Arruda por infidelidade partidária


Foto: Reprodução Redes Sociais

O deputado estadual Ricardo Arruda é novamente alvo de um pedido de expulsão do PL. Desta vez, o motivo é infidelidade partidária durante as eleições municipais de 2024. O Blog Politicamente teve acesso a denúncia feita pelo diretório do PL de Rolândia.

O documento cita a resolução administrativa n° 007/2024 da Comissão Executiva Nacional do Partido Liberal que veda “a todos os detentores de mandato eletivo pelo Partido Liberal, em todo território nacional, manifestação pública de apoiamento em todas as suas formas, nas eleições majoritárias, a pré-candidatos (as) e/ou candidatos(as) de outras agremiações partidárias, ou ainda, que não componham as coligações celebradas pelo Partido Liberal de forma legítima, para o processo eleitoral de 2024”.

Na cidade de Rolândia, o PL lançou Ailton Maistro (PL) como candidato a prefeito e vice Horácio Negrão (PSD) — chapa que acabou vencendo a eleição. No entanto, Ricardo Arruda pediu voto para Alex Santana — candidato que concorreu pelo MDB, tendo inclusive ido no comitê do adversário político.

A conduta do representado Ricardo Arruda é atentatória ao Partido Liberal em todas as suas esferas, um completo desrespeito a instituição partidária. Diante de todo o exposto pede-se a abertura de processo no Conselho de Ética por ofensa a resolução 007/2024, e após o devido processo legal, pede-se a expulsão do Deputado Ricardo Arruda.

O pedido é assinado por Sérgio Domingues, presidente do PL de Rolândia, e agora será apreciado pelo Conselho de Ética do PL. Mas o Blog Politicamente apurou que não é o único caso. Em Londrina, Ricardo Arruda pediu votos para a vereadora Jessicão do PP, por exemplo.

O advogado eleitoral Guilherme Gonçalves explica que neste caso do PL o desdobramento da questão relativa à fidelidade partidária é mais político do que jurídico. “Ainda que o deputado possa perder as prerrogativas de membro do PL na Assembleia Legislativa, como participação em comissões, lideranças, etc”

Uma fonte do PL, no entanto, não acredita numa punição. “Se até o ex-presidente Jair Bolsonaro acenou com apoio para Cristina Graeml (PMB) em Curitiba, quando o Paulo Martins do PL está na vice do Eduardo Pimentel (PSD), quem terá coragem de falar em infidelidade partidária dentro do partido?”, resumiu.

Fonte: Blog Politicamente

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