Parlamentar critica ações de Israel e Estados Unidos no Oriente Médio e destaca atuação do consulado libanês no Brasil em ajuda humanitária
Em discurso contundente na tribuna, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) criticou duramente a escalada de violência no Oriente Médio, especialmente em Gaza e no Líbano. Em declaração veiculada pelo canal Cortes 247, Jandira afirmou que o que está acontecendo não pode ser considerado uma guerra convencional. "Isto não é uma guerra, não é um estado contra outro estado, é um massacre, é um genocídio, é uma tentativa de limpeza étnica", destacou a parlamentar.
Jandira iniciou sua fala expressando solidariedade às famílias das vítimas civis em Israel, mas ressaltou que as consequências do conflito têm sido devastadoras para o povo palestino e libanês. Segundo ela, em um ano de confrontos, quase 50 mil pessoas perderam suas vidas, entre elas crianças e mulheres, em um cenário que chamou de "tentativa de anexação de território".
A deputada responsabilizou a aliança entre o imperialismo norte-americano e o governo de Benjamin Netanyahu pela destruição e pelo sofrimento vivenciado pela população árabe na região. "Não podemos aceitar que um povo com a sua soberania seja aviltado desta forma, com tanta dor, tanto sofrimento, com tanta perda de vidas, perdas das casas, perda da cultura, perda do seu pertencimento ao seu próprio território", declarou.
Raízes familiares e ligação com o Líbano
Em um momento pessoal de seu discurso, Jandira revelou suas raízes libanesas, enfatizando a dor que sente ao ver o sofrimento de seu povo ancestral. "Eu sou uma Feghali, nome libanês, nome da família do meu pai, que era libanês e emigrou para o Brasil muito cedo", relatou. A parlamentar destacou a atuação do Consulado do Líbano no Rio de Janeiro, liderado pelo cônsul Alejandro Bitar e seu secretário-geral, Marcos Musallem, que têm organizado um gabinete de crise para monitorar e apoiar as famílias libanesas que vivem no Brasil.
Ação humanitária e cooperação internacional
Jandira elogiou a mobilização do consulado para garantir assistência às famílias e organizar ajuda humanitária. Ela informou que, recentemente, o consulado enviou 10 mil toneladas de medicamentos ao Líbano, fruto de doações de entidades e médicos brasileiros. "Essa ponte que eu também participei da sua construção está viabilizando uma grande ajuda humanitária", afirmou a deputada, ressaltando a colaboração do Itamaraty e do Ministério da Defesa Civil do governo Lula.
A parlamentar concluiu seu discurso fazendo um apelo à solidariedade e à diplomacia para evitar que mais vidas sejam perdidas no Oriente Médio. "Nada justifica tanta brutalidade, tantas guerras que estamos vivendo nos dias de hoje", declarou, recebendo aplausos na tribuna. "É inacreditável que, em pleno século XXI, crianças e mulheres continuem perdendo suas vidas por interesses geopolíticos e econômicos."
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Fonte: Brasil 247
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