A ameaça foi recebida por e-mail, enviado por uma pessoa que se identificou como mulher.
A deputada Dani Balbi (PCdoB), primeira parlamentar trans da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi alvo de uma ameaça de morte que a levou a interromper sua agenda em Campos dos Goytacazes, no último dia 30 de setembro. O episódio ocorreu enquanto ela participava de atividades da campanha do candidato a prefeito Professor Jefferson (PT) e do candidato a vereador Maycon Maciel (PCdoB).
A ameaça foi recebida por e-mail, enviado por uma pessoa que se identificou como mulher. No conteúdo, a remetente expressou seu desejo de "queimar viva" a deputada, complementando com uma declaração transfóbica: "Quero um futuro melhor para minha filha, longe dessas aberrações". Em resposta à situação, Balbi fez um breve discurso no evento “Encontro da Inclusão”, que tinha como objetivo discutir a importância da diversidade, antes de retornar para a cidade do Rio de Janeiro.
Dani Balbi, conhecida por sua atuação em defesa dos direitos da comunidade trans e LGBTQIA+, tem enfrentado um clima de hostilidade que se intensificou nos últimos anos. A ameaça que recebeu é um reflexo de um contexto mais amplo de violência e discriminação, que frequentemente se traduz em atos de agressão física e verbal contra pessoas trans. Balbi tem se posicionado contra esse cenário, enfatizando a necessidade de visibilidade e proteção para a população trans, que continua a ser alvo de preconceitos e ataques.
A deputada, em suas declarações públicas, tem buscado conscientizar a sociedade sobre a importância da inclusão e do respeito à diversidade. “É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda tenhamos que lidar com esse tipo de violência. Precisamos continuar lutando para garantir um futuro mais seguro e respeitoso para todos”, afirmou Balbi em uma de suas falas anteriores.
O episódio com a deputada Balbi não é um caso isolado. Dados alarmantes revelam que o Brasil continua sendo o país com os mais altos índices de violência contra a comunidade LGBTQIA+. Em 2023, a cada três dias, uma pessoa trans foi assassinada, evidenciando a urgência de ações efetivas para combater a transfobia e promover a inclusão social.
Dani recebeu diversas mensagens de apoio após o grave ataque.
Veja:
Fonte: Brasil 247
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