Leitura da política paranaense e nacional pelo crivo de uma mulher negra, a deputada federal Carol Dartora (PT-PR)
Ela afirma ser um corpo preto na cidade para que as pessoas façam uma reflexão direta das situações vividas ainda hoje pelas pessoas de raça negra.
Em maio de 2024, Carol Dartora abria mão da pré-candidatura à prefeitura de Curitiba. A primeira mulher negra vereadora de Curitiba e depois a primeira deputada federal negra eleita pelo Paraná adiou o projeto de fazer ainda mais para os curitibanos. Isso porque a Executiva do partido aprovou aliança com Luciano Ducci (PSB-PR), ex-prefeito e atual deputado federal.
O que ela pensa sobre isso? Ela deixará o PT? Onde fica a renovação? Dartora não assentiu na época e o resultado do 1° turno corrobora a opinião da professora de História. A escolha do PT nacional alcançou apenas 23% dos votos contra 30% do candidato do PSD. "Esses dois candidatos [Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB)] estão disputando quem vai ter o apoio do Bolsonaro. Isso é algo que nos entristece muito e que mostra as contradições do processo eleitoral".
Se o PT errou, Dartora diz que ainda não tem os elementos para afirmar quem é o culpado ou onde foi a falha. Mas se frustra por terem ficado sem voz no 2° turno. E o que vem agora? Resta compartilhar com a Executiva de que "quando se trata do que defendemos, temos que nos conectar com os nossos iguais. 13 é 13, 13 não é 40". Comparação feita por um eleitor.
Se o cenário fosse outro e tivesse concorrido, o "olhar preconceituoso" por ser mulher e negra poderia ser um entrave. Por ser parte da resistência, busca mostrar que a sociedade curitibana não é só fascismo ou bolsonarismo.
Há muitos desafios a serem resolvidos para que a democracia seja consolidada e haja também a participação da mulher e das pessoas negras.
Declaradamente idealista, diz que o que passou não a abala. Mas, será que a motiva a sair do PT? Não deveria ser o partido um gerador de transformações sociais, englobando seus ideais, como combate ao racismo, ao machismo e a promoção de meios de capacitação para mulheres, indígenas, negros, quilombolas e LGBTQIAPN+?
Confira mais sobre a atividade parlamentar e militante no link do canal Espaço Cidadão:
Fonte: Brasil 247
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