Candidatos ligados ao MST têm campanhas comprometidas com a Reforma Agrária
Pela primeira vez na história do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o movimento se organizou nacionalmente para disputar as eleições municipais. Com candidaturas próprias e de aliados, as campanhas comprometidas com a Reforma Agrária somam 600 candidatos e candidatas, disputando a vereança e prefeituras em 367 municípios, distribuídos em 22 estados. Na disputa estão 73 candidaturas para os cargos de prefeito e vice-prefeito.
Entre as propostas assumidas por tais candidaturas, enquanto compromissos de campanha, estão o apoio à democratização do acesso à terra, incentivo à produção e cooperação agroecológica na produção de alimentos saudáveis e combate à fome, iniciativas de sustentabilidade e cuidado permanente com o meio ambiente, defesa da educação, saúde, cultura e diversidade.
As candidaturas Sem Terra disputam o eleitorado de cerca de 34 milhões de pessoas, principalmente em pequenas cidades do interior. Dos 367 municípios onde estão distribuídas as candidaturas, 269 são de cidades com até 50 mil habitantes; 95 cidades são de municípios que possuem população entre 100 a 500 mil habitantes e apenas 3 delas possuem população maior que 500 mil habitantes.
Entre a distribuição nacional das candidaturas do MST, 58% estão no Nordeste, 19% no Sudeste, 15% no Sul, 5% no Norte e 3% no Centro-Oeste.
Com relação à representatividade de gênero das candidaturas Sem Terra de 2024 organizadas em nível nacional, 38% se referem ao gênero feminino e 62% ao masculino. Já em relação à identidade étnico-racial, há um registro superior de candidatos e candidatas pretos e pardos, que somam 375 candidaturas, brancos representam 211 candidatos e 14 são indígenas. Entre a comunidade LGBTQI+, há 28 candidaturas, sendo 7 de pessoas transgênero.
“A nossa principal bandeira é o combate à fome. O governo Lula vem fazendo um imenso trabalho em todo o nosso território nacional. E a gente entende que o compromisso maior de nossas candidaturas, caso sejam eleitas, é atuar junto com o governo federal, fazer essa ponte também nos municípios para trazer essas políticas públicas que, de fato, combatam a fome, gerem emprego, renda e melhorem a vida da classe trabalhadora”, menciona Luana Carvalho, integrante da coordenação nacional do MST.
Para consultar as candidaturas Sem Terra e de aliados que estão na disputa eleitoral, é possível acessar por meio de uma página especial no site do movimento.
Fonte: Brasil 247
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