Visto como estratégico para a disputa, partido poderá assumir a Primeira Secretaria ou a Primeira Vice-Presidência da Câmara
Aguinaldo Ribeiro, Vitor Lippi, Hugo Motta, Arthur Lira, Elmar Nascimento e Baleia Rossi (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
O PT está no centro de uma disputa por apoio na Câmara dos Deputados, sendo cortejado por duas campanhas importantes: a de Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e a de Hugo Motta (Republicanos-PB), segundo Pedro Figueiredo, do g1. Hugo Motta, que conta com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), oferece ao PT a Primeira Secretaria, uma posição de grande importância, já que é responsável pelos contratos de manutenção da Casa. “A função é como se fosse uma prefeitura da Câmara”, explica a reportagem. A federação que o PT compõe, junto com PCdoB e PV, totaliza 80 deputados, configurando-se como a segunda maior bancada, atrás apenas do PL, com 92 parlamentares.
O regimento da Câmara estabelece que a escolha dos cargos da Mesa Diretora deve respeitar a proporcionalidade do maior bloco formado para a eleição. Caso o PT opte por apoiar Elmar, o partido poderá indicar o cargo mais cobiçado após a presidência: a primeira vice-presidência. No entanto, se o PT se alinhar com Hugo Motta, a federação se unirá ao bloco do PL, o que daria ao partido de Lula a segunda escolha na Mesa, já que o PL possui mais parlamentares.
Atualmente, o PT ocupa a Segunda Secretaria da Câmara, um cargo responsável pela emissão de passaportes diplomáticos, que é exercido pela deputada Maria do Rosário (PT-RS). No entanto, com as novas negociações, há a possibilidade de troca de posições e estratégias. Elmar Nascimento, em conversas com interlocutores, afirmou ter pedido ao presidente Lula (PT) que adie a decisão para janeiro, argumentando que seria um erro estratégico para o PT se aliar ao PL, seu principal adversário, para ocupar uma posição inferior na estrutura da Mesa.
Elmar busca construir seu bloco com o apoio de partidos como PDT e PSB, que compartilham uma linha ideológica mais próxima do PT, o que poderia fortalecer a aliança e garantir uma posição mais vantajosa para o partido de Lula. Por outro lado, lideranças petistas apontam que o partido foi parte fundamental na construção do nome de Hugo Motta e que Lula delegou a condução do processo ao presidente Arthur Lira. Na visão desses deputados, recusar o apoio a Motta poderia ser mal interpretado politicamente, enfraquecendo as relações e a confiança estabelecida.
A decisão final do PT será crucial para definir a composição e o equilíbrio de poder na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, refletindo a estratégia do partido para consolidar sua influência e alinhamento político nos próximos anos.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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