Aliados do psolista buscam tom moderado para atrair eleitores de Marçal e desgastar Ricardo Nunes
Guilherme Boulos e Pablo Marçal (Foto: Raffa Neddermeyer/ABr | Reprodução/YT)
Em uma reunião realizada nesta quinta-feira (24), assessores e aliados de Guilherme Boulos (PSOL) definiram a estratégia para a aguardada live com Pablo Marçal. A avaliação interna é de que o encontro representa uma última cartada da campanha, comparável a uma jogada ousada em que o time manda o goleiro para o ataque nos minutos finais da partida. A meta é clara: conquistar a simpatia de eleitores do coach e minar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), adversário direto na disputa.
Segundo informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a orientação para Boulos é adotar um tom equilibrado, evitando o estilo agressivo que marcou alguns momentos da campanha. A ideia é que o psolista estabeleça um diálogo respeitoso, mas sem perder firmeza ao defender suas posições, em especial quando o foco for a administração de Nunes. "O objetivo aqui não é transformar a live em um palco de ataques, mas em uma oportunidade de encontrar pontos comuns com Marçal, dentro da oposição ao prefeito", explicou um aliado próximo ao candidato.
Ainda que Boulos tenha sido orientado a evitar confrontos desnecessários, a equipe também destaca que o tom excessivamente amistoso – com risadas e afagos – poderia ser interpretado como oportunismo ou falsidade. Assim, a recomendação é de que ele seja educado e direto, mas atento a manter uma imagem autêntica e sólida.
A equipe de campanha também debateu a conveniência de aceitar o convite de Marçal, ponderando os possíveis riscos. Contudo, a opinião majoritária é de que o gesto vale a pena, visto que o psolista já tem a preferência consolidada entre seus apoiadores, podendo agora focar em expandir seu alcance. Embora não haja expectativa de um endosso direto de Marçal, os aliados de Boulos esperam, pelo menos, que o coach peça aos seus eleitores para votarem "28" na urna, anulando o voto em vez de direcioná-lo a Nunes.
"Estamos numa situação de risco calculado. Precisamos de uma jogada ousada para ganhar o máximo de apoio possível nesse momento decisivo", resumiu um integrante da campanha.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo
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