O Bolsa Família foi elogiado no relatório como o maior programa de transferência de renda condicional do mundo
Thawanny Silva de Souza, de 6 anos, (E) e Rafael Silva de Souza, de 9 anos, (D), comem prato com arroz, feijão e ovo na Favela do Arci-Íris, em Recife 15/09/2022 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
O Brasil, que havia alcançado grandes avanços na redução da subnutrição e melhoria dos índices de nutrição durante os governos petistas, viu uma reversão preocupante nos últimos anos, segundo o mais recente relatório do Global Hunger Index (GHI) deste mês (10/2024). O documento analisa o período de 2000 a 2023 e aponta que a instabilidade política e econômica gerada pela Lava Jato e pelo golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff impactou negativamente os avanços dos governos petistas na luta contra a fome.
Entre 2000 e 2002, cerca de 10,4% da população brasileira estava subnutrida. No entanto, com a implementação de políticas sociais, como o Bolsa Família, esse número começou a cair gradativamente, atingindo 4,9% entre 2007 e 2009 e menos de 2,5% em 2017. O programa Bolsa Família, inclusive, foi elogiado no relatório como o maior programa de transferência de renda condicional do mundo, com foco em mulheres de baixa renda, promovendo melhorias em saúde, educação e empoderamento feminino.
Entretanto, após o golpe de 2016 e os impactos econômicos da Lava Jato, o Brasil experimentou uma reversão nesse progresso. Em 2023, o índice de subnutrição voltou a subir, atingindo 3,9% da população. O relatório destaca que o aumento da fome no país reflete as consequências da desestabilização política e econômica dos últimos anos. Além da subnutrição, o cenário é semelhante nos índices de desnutrição infantil, mortalidade infantil e crescimento infantil.
O Brasil aparece na 33ª posição no ranking do GHI, ficando atrás de países latino-americanos como Chile, Costa Rica, Uruguai, Colômbia, Paraguai, México e Argentina, o que revela que o combate à fome no país ainda enfrenta muitos desafios.
Fonte: Brasil 247
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