sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Brasil registra pico histórico de queimadas em 2024, com 22 milhões de hectares destruídos

Monitoramento do fogo revela aumento de 150% nas queimadas de 2024. Amazônia e Cerrado são os mais afetados; Mato Grosso concentra 25% da área queimada

(Foto: Agência Brasil)

As queimadas no Brasil atingiram níveis recordes em 2024, conforme aponta o levantamento do Monitor do Fogo, do MapBiomas, divulgado nesta sexta-feira (11). Entre janeiro e setembro, foram devastados 22,38 milhões de hectares, um aumento de 150% em relação ao mesmo período de 2023, destaca o Metrópoles. Esse número é equivalente à área total do estado de Roraima e revela um impacto devastador sobre os ecossistemas do país, especialmente considerando que cerca de 75% da área afetada correspondia a vegetação nativa, incluindo formações florestais que ocupavam 21% da área queimada. Os estados de Mato Grosso, Pará e Tocantins concentraram mais da metade da área queimada, sendo o Mato Grosso o mais atingido, com 5,5 milhões de hectares destruídos.

A diretora de ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar, explicou que a seca intensa na Amazônia, que tradicionalmente ocorre entre junho e outubro, foi ainda mais severa em 2024. "A intensificação das mudanças climáticas desempenha um papel crucial na propagação dos incêndios. Em setembro, metade da área queimada na Amazônia foi de formações florestais", destacou. De acordo com o levantamento, setembro foi o mês mais crítico, com um pico de 10,65 milhões de hectares queimados, um aumento de 90% em relação a agosto e 181% a mais que setembro de 2023.

Entre os biomas mais atingidos, a Amazônia liderou com 5,5 milhões de hectares queimados em setembro, um aumento de 196% em comparação ao mesmo período do ano passado. O Cerrado registrou 4,3 milhões de hectares queimados, o maior valor para um mês de setembro nos últimos cinco anos, com um crescimento de 64% sobre a média histórica. No Pantanal, o aumento foi ainda mais expressivo: 2.306% em relação à média dos cinco anos anteriores, totalizando 1,5 milhão de hectares queimados até setembro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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