"As pessoas sabem que Lula está comigo. Não sabem que Bolsonaro está com ele [Nunes]", diz o candidato à prefeitura de São Paulo
Guilherme Boulos | Ricardo Nunes (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados | Isadora de Leão Moreira/Governo do Estado de São Paulo)
Com a definição do segundo turno das eleições para a prefeitura de São Paulo, os bastidores das campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol) já estão montando a estratégia visando o segundo turno, que será realizado no dia 27 de outubro. Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do g1, o que se desenha é um embate entre os padrinhos políticos dos candidatos: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiando Nunes, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao lado de Boulos.
Questionado sobre o uso da imagem de Lula em sua campanha, Boulos deu pistas sobre como pretende enfrentar o adversário. "As pessoas sabem que Lula está comigo. Não sabem que Bolsonaro está com ele [Nunes]", afirmou, sugerindo que a estratégia poderá ser explorar a associação de Nunes a Jair Bolsonaro (PL).
No primeiro turno, Bolsonaro teve uma presença discreta, com poucas aparições em apoio ao atual prefeito. Segundo Boulos, vincular Nunes aos erros e controvérsias da gestão Bolsonaro pode ser uma tática eficaz para conquistar os votos ainda em disputa, especialmente entre os eleitores indecisos ou aqueles que buscaram alternativas no primeiro turno.
Do lado de Ricardo Nunes, a campanha continua a adotar um tom cauteloso. Fontes ligadas à equipe do atual prefeito demonstraram irritação com a ausência de apoio mais ativo de Bolsonaro no primeiro turno. A decisão estratégica, portanto, é seguir contando com a figura de Tarcísio de Freitas como principal cabo eleitoral.
A campanha acredita que, ao manter certa distância de Bolsonaro, poderá assegurar os votos de eleitores conservadores, incluindo aqueles que votaram no empresário e influenciador de extrema direita Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, sem a necessidade de reforçar laços com o ex-mandatário.
O clima nesta segunda-feira (7), após o resultado do primeiro turno, é de alívio na equipe de Nunes pela eliminação de Pablo Marçal da disputa. Caso Marçal tivesse avançado para o segundo turno, enfrentando Boulos ou o próprio Nunes, haveria o risco de uma derrota para o grupo político de Tarcísio, que apoiou Nunes desde o início da campanha.
Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Andréia Sadi, do G1
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