Governador disparou fake news neste domingo eleitoral associando Guilherme Boulos ao PCC
Guilherme Boulos (mais destaque) e Tarcísio de Freitas (Foto: Zeca Ribeiro - Agência Câmara I Governo de SP)
Em meio a uma eleição marcada por polêmicas e acusações, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) manifestou indignação com as declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que afirmou, sem apresentar provas, que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) estaria orientando votos favoráveis a Boulos. Aldo Fornazieri, jornalista e analista político, criticou duramente a postura do governador e apontou que a declaração de Tarcísio exige uma resposta judicial contundente. Fornazieri sugeriu uma atitude enérgica de Boulos diante da gravidade das insinuações.
“Tarcísio diz que a inteligência interceptou mensagens do crime organizado orientando eleitores. Tarcísio precisa ser acionado judicialmente e perante a Justiça Eleitoral: 1) tem que mostrar prova; 2) se provar, está se valendo de informação de Estado para interferir nas eleições. Tarcísio deveria ser preso. Boulos precisa dizer que não reconhecerá o resultado e que vai pedir a anulação das eleições. Tem que denunciar como crime eleitoral. Pedir a prisão em flagrante do governador”, afirmou Fornazieri.
Boulos reagiu de forma incisiva às declarações do governador, apontando a proximidade de Tarcísio com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição e é aliado de Tarcísio. “Que vergonha, né. Nada mais a dizer, é o candidato que ele apoia [Ricardo Nunes] que botou o PCC na Prefeitura de São Paulo”, declarou o deputado.
O episódio teve início logo após o governador votar, ao lado de Nunes, em uma demonstração de apoio ao seu aliado político. Durante coletiva de imprensa, Tarcísio foi questionado sobre a divulgação de um comunicado da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) que alegava a interceptação de mensagens do PCC orientando votos em determinadas localidades. Questionado sobre a identidade do candidato que o PCC estaria apoiando em São Paulo, Tarcísio não hesitou em associar o nome de Boulos ao suposto apoio da facção, uma declaração que gerou ampla repercussão. Em um contexto de crescente tensão eleitoral, as acusações de Tarcísio foram vistas como uma tentativa de influenciar o eleitorado paulista, lançando suspeitas sobre a lisura do processo democrático.
Fonte: Brasil 247
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