Júlia Moraes de Oliveira Lima afirma que seu registro profissional está inativo
Uma biomédica afirmou que seu número de registro profissional foi utilizado indevidamente em um exame de HIV relacionado a um doador de órgãos, cuja infecção acabou contaminando pacientes transplantados no Rio de Janeiro. As informações foram divulgadas pelo RJ2, da TV Globo, e reproduzidas pelo O Globo. Seis pacientes acabaram contaminados em transplantes feitos no Rio de Janeiro.
O exame, que atestou negativo para HIV em um dos dois doadores envolvidos no caso, foi emitido pelo Laboratório PCS Lab Saleme e assinado pela técnica Jacqueline Iris Bacellar. No entanto, o número de registro no documento pertence a Júlia Moraes de Oliveira Lima, biomédica que atualmente reside em Recife (PE) e que nunca trabalhou para o laboratório envolvido no erro que resultou na infecção de seis pacientes.
Júlia relatou que soube da situação por meio de seu marido e ficou "impactada" com a revelação. Em entrevista à TV Globo, a biomédica esclareceu que nunca trabalhou no Rio de Janeiro, tendo atuado apenas em laboratórios particulares de São Paulo, e que seu registro profissional está inativo há pelo menos dois anos devido à falta de pagamento da anuidade. "Faz um tempo que meu registro não está ativo porque não estou pagando a anuidade já que não estou atuando como biomédica", explicou.
A situação se agravou quando foi descoberto que Jacqueline Iris Bacellar, a técnica que assinou o exame, não possui registro no Conselho Regional de Biomedicina do Rio de Janeiro. De acordo com o conselho, nem Jacqueline nem o Laboratório PCS Saleme têm registros ativos na autarquia.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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