O pastor bolsonarista e Líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia – Foto: Reprodução
A bancada evangélica nas Câmaras Municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo encolheu após as eleições, com a derrota de pastores ligados a grandes igrejas.
Lideranças como Silas Malafaia, R.R. Soares e Valdemiro Santiago perderam espaço, e a representação da Igreja Universal também diminuiu. No Rio, aliados de Malafaia e Santiago ficaram de fora, enquanto em São Paulo a situação foi semelhante, com poucos novatos conseguindo se eleger.
Malafaia, um dos principais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que oito dos 11 candidatos a vereador que ele apoiou em todo o país foram eleitos. No entanto, no Rio, o cantor gospel Waguinho, apadrinhado por Malafaia, não conseguiu se eleger, obtendo apenas metade dos votos de Alexandre Isquierdo, o antigo representante do pastor na Câmara.
Para o religioso, a prioridade foi a “guerra” contra Pablo Marçal (PRTB) em São Paulo, o que, segundo ele, impediu sua atuação mais próxima com Waguinho no Rio. Ele acredita que, se tivesse participado mais ativamente da campanha de Waguinho, o resultado seria diferente. “Se fosse uma questão de o povo evangélico não entender a liderança, eu não teria conseguido eleger ninguém”, comentou.
O pastor e cantor gospel Waguinho – Foto: Reprodução
A Igreja Universal, por sua vez, também teve dificuldades para emplacar novos nomes. Em São Paulo, o bispo André Souza (Republicanos), apoiado pelo vereador Atílio Francisco, ficou na suplência. No Rio, Deangeles Percy (PSD), representante da Universal, também ficou de fora, mesmo com o apoio do prefeito Eduardo Paes (PSD) e da igreja.
Apesar disso, alguns nomes da Universal conseguiram se reeleger. Inaldo Silva e Tânia Bastos, ambos do Republicanos, mantiveram suas cadeiras na Câmara do Rio. Tânia atribuiu seu sucesso à combinação de seu trabalho na igreja com a defesa dos direitos dos autistas, que também fortaleceu sua credibilidade com o eleitorado.
Fonte: DCM
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